Um Presidente que quer ser especial!

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Antes do José Maria Neves nenhum outro Presidente da República tinha usurpado poderes de outros órgãos de soberania de Cabo Verde. O único Presidente especial que vem fazendo usurpação de poderes é, de facto, o senhor José Maria Neves. Ele viola a Constituição da República quase todos os santos dias. Imaginem que ele já marcou uma conferência sobre os oceanos, no Sal, nos dias 7 e 8 de Junho. Quais serão os efeitos práticos dessa conferência do JMN? Será apenas um debater por debater? O Presidente da República tem algum poder executivo? E no meio dessa usurpação de poderes, ainda por cima aparece um grupinho de gente a apoiá-lo e ele fica todo vaidoso com isso… pois que ninguém, mesmo a parte mais madura e séria do Paicv, não vão nas curvas das invenções do JMN! E essas pessoas dizem que tudo isso relaciona-se com o já conhecido ego inflamado do JMN, que se está a comportar-se como uma Majestade, numa República! E acrescentam “que o JMN quer ser um Presidente com tapetes vermelhos e com poderes executivos”! Não lhe bastam os incisivos e permanentes ataques que vem fazendo ao governo, agora quer chamar para si poderes executivos, que é contrário ao princípio de separação de poderes que estipula a Constituição, e chega ao ridículo de marcar uma conferência internacional sobre os oceanos, que é matéria da exclusiva competência do Governo da República. Isto não pode ser aceitável e a Constituição diz-nos o contrário da atitude do atual Presidente da República. Todos dizem que isso é uma sublevação total e grosseira da Constituição da República. Ele que devia ser o guardião da Constituição! Perante essa grosseria e violenta violação da Constituição, alguns especialistas dizem que o Governo não devia permanecer em silêncio. E eu também estou de acordo que o Governo, de uma forma ou doutra, devia encontrar uma forma para demarcar-se dessa triste interferência da presidência da República.

Para organizar a dita conferência, para dar cobertura a essa iniciativa, que expediente usou o JMN? Querendo ser astuto, mais esperto do que todos os outros, recorre-se ao facto de ter sido nomeado patrono de oceanos. Todos sabem que essas nomeações são simbólicas e honoríficas. Caso contrário, essas nomeações teriam orçamentos, fiscalização e prestação de contas. Nada disso acontece com essas nomeações internacionais.

E o mais grave de todas! Para organizar tal conferência, que já se está a chamar-se “conferência de JMN”, o que faz o Presidente da República de Cabo Verde? Fez Cabo Verde passar por mais uma vergonha! Ele passa por cima do Governo de Cabo Verde, concretamente por cima do Ministério das Finanças e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e envia uma cartinha ao governo angolano, pedindo-lhe 200 mil dólares, para suportar a dita conferência do Sal. Que vergonha, meu Deus? Afinal, temos um Presidente pedinte dessa forma? Os diplomatas Cabo-verdianos estão revoltados e não querem saber do JMN! E com toda a razão. Um Presidente da República não pode se rastejar a esse nível. Somos pobres, mas somos honrados. E perante tudo isso, sabemos que a bem pouco tempo, foi o mesmo JMN que queria boicotar o maior evento mundial sobre os oceanos – o OCEAN RACE, que foi organizado há pouco tempo pelo governo em São Vicente. Foi convidado para encerrar o evento, achou isso muito pouco para um Presidente tão inflamado no seu ego, nem marcou presença, num evento onde esteve presente o Secretário das Nações Unidas, António Guterres e outras personalidades internacionais. E agora no seu estilo de ego-inflamado, de ser o único galo do poleiro, vai protagonizar a sua própria conferência sobre os oceanos no Sal, no próximo mês de Junho.



1 COMENTÁRIO

  1. Características de um “eu quero, posso é mando”, com violações das regras, dos princípios e das leis e todos sabemos que está no DNA do seu partido.
    Eu é que não creio que o governo tem de deixar que isso aconteça sem dizer nada para fazer a este povo entender que as coisas não são como ele quer que seja, porque temos leis em que ele o Presidente tem que cumprir e fazer nós os outros cumprirmos, ocupando ele o lugar de árbitro!

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