UNICEF ‘dá razão’ ao Governo pelo esforço do regresso à normalidade do funcionamento das escolas

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“Isso não pode continuar (…) as escolas devem ser os últimos lugares a encerrar e os primeiros a reabrir”. No dia 13 de setembro, os alunos vão poder assistir às aulas todos os dias e não em dias intercalados

A UNICEF defendeu que as escolas encerradas devido ao novo coronavírus devem ser reabertas, porque 600 milhões de crianças em idade escolar, em todo o mundo, estão a ser afetadas pelas medidas de restrição.

Em Cabo Verde, as escolas não foram fechadas no ano letivo que agora findou, mas os alunos tiveram aulas em dias intercalados. Entretanto, para este o ano letivo que vai iniciar em setembro, o Governo decidiu que as aulas vão ser todos os dias, assim como antes da Covid-19.

Sendo assim, a recomendação da UNICEF veio dar razão ao Governo pela decisão e ousadia em retomar a normalidade do funcionamento das escolas, com carga horária e tempos letivos na íntegra.

Ora, a UNICEF defendeu que “isso não pode continuar”, ou seja as escolas devem ser os últimos lugares a encerrar e os primeiros a reabrir.

“A reabertura das escolas não pode esperar até que os alunos e professores estejam vacinados”, disse James Elder, porta-voz da UNICEF.

Em Cabo Verde, o Governo decidiu ainda antes do término do ano letivo findo, começar a vacinar os professores e pessoal de apoio às escolas, para que no dia 13 de setembro se possa entrar às escolas de forma mais segura possível. “Não vamos vacilar”, referiu o Ministro da Educação, sublinhando que vão continuar com os preparativos e “ir afinando” para um arranque tranquilo das aulas no dia 13 de setembro próximo.

De realçar, segundo a UNICEF, que em todo o Continente Africano, que vive um forte surto de pandemia, há vários meses, estima-se que 32 milhões de crianças viram as suas escolas serem encerradas ou não voltaram quando os estabelecimentos foram reabertos. A isso, soma-se os 37 milhões de crianças que estavam fora da escola antes da pandemia.