Antigo Presidente da JpD que proferiu a segunda aula desta UV defendeu que a “capacidade de acreditar” é importante e instou os jovens a serem líderes
Fernando Elísio Freire, atualmente Ministro de Estado, terceira figura do Governo de Cabo Verde, defendeu a clara separação entre a militância e o mérito, e sustentou que a militância “não é vista” como cadastro, por isso defende o curriculum e não o cadastro.
Na sua aula versando o tema “juventudes partidárias: curriculum ou cadastro?”, Elísio Freire fez questão de separar as águas ao sustentar que ao político compete ação política enquanto que ao técnico compete materializar as medidas decididas pelos governos. Advertiu, no entanto, que os posições não devem ser confundidas, sob pena de haver confusão no exercício de funções.
“O líder decide” lembrou o antigo Presidente do Grupo Parlamentar do MpD para quem cadastrar as pessoas “é um erro grave” e o Governo a que pertence “não pode” correr os “mesmos riscos” que o anterior executivo do PAICV.
Elísio Freire observou que o atual Governo está apostado em implementar um novo modelo de governação, em que o mérito é uma opção clara, em detrimento da militância.
Fernando Elísio Freire condenou a falta de ética na forma de fazer as coisas, e desafiou os jovens a serem diferentes.
Durante a interação com a plateia, Elísio Freire partilhou o que considera ser o momento “mais difícil” da sua carreira política. Foi na altura do debate sobre o Estatuto dos Titulares de Cargos Políticos. “Foi extremamente difícil” confessou, revelando que chegou mesmo a haver “confrontação”.
“Quem ama a liberdade, ama a liberdade plena”, sustentou já na parte final da sua aula.
Depois desta segunda aula, o próximo ponto deste dia será uma conferência-jantar. Na oportunidade, o Presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, irá fazer uma comunicação.