Urna com Bispo Emérito levada para fora da Igreja

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Neste momento, a urna é levada aos ombros, por Sacerdotes. É a última despedida ao Bispo que governou a Igreja a partir de 1975

Ao som da marcha fúnebre, entoada pela Banda Municipal, a urna de Dom Paulino é levada para fora da Igreja matriz do Platô, para ser despedida pelos fieis.

Há uma expressiva moldura humana, pessoas que chegaram de todos os pontos da ilha de Santiago, onde há tolerância de ponto, precisamente para este funeral, mas também pessoas que chegaram de outras ilhas e da Diáspora Cabo-verdiana.

A urna vai circular a Praça central e voltar a entrar na Igreja onde será sepultada junto ao altar do Sagrado Coração de Jesus.

No interior da Igreja, assiste-se a mensagens das várias autoridades civis. Jorge Santos, Presidente da Assembleia Nacional e na qualidade de PR Interino enalteceu as qualidades do primeiro Bispo Cabo-verdiano.

“Dom Paulino chamou sempre a atenção das autoridades para a situação da pobreza e privação de liberdade” em Cabo Verde, observou, sublinhando ser Dom Paulino um promotor da Doutrina Social da Igreja nestas ilhas.

O Bispo que viveu as várias fazes da histórica de Cabo Verde, granjeou respeito e estima de muitos. Com seu estilo “simples, culto, determinado e consciente do dever de missão” conduziu a então Diocese de Santiago de Cabo Verde (até 2004), sublinhou Jorge Santos.

Já o Superior dos Espiritanos em Cabo Verde, Congregação a que pertenceu Dom Paulino, disse ser este um momento de “louvor a Deus” por ter dado à Igreja uma “pedra tão viva, tão forte” como Dom Paulino.

Por sua vez, o Arcebispo de Dacar, que representou o Presidente da Conferência Episcopal da qual Cabo Verde faz parte, nestas exéquias, sublinhou ser Dom Paulino uma “grande figura” da Igreja Católica.

Dom Ildo Fortes, Bispo de Mindelo, falou numa “partida repentina” de um Bispo “conversador, amigo e atento”. Um homem “do povo”, cuja partida deixa “muita saudade”.



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