Vaticano abre arquivos sobre Segunda Guerra Mundial

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Estes arquivos conservam a documentação do Papa Pio XII, entre 1939 e 1958. Francisco diz não ter medo da História

O Vaticano abre as portas do seu arquivo para consulta de toda a documentação, o que vai permitir esclarecer o silêncio do Papa Pio XII, acusado durante as últimas décadas de não ter levantado a sua voz contra o nazismo durante a II Guerra Mundial, entre 1939 e 1945.

O Santo Padre Francisco já disse que a Igreja “não tem medo” da História.

O então Papa Pio XII é acusado de silêncio perante a fúria nazi.

No dia 16 de outubro de 1943, a poucos metros da Cidade do Vaticano, soldados nazis capturavam 1.022 judeus, entre os quais 200 crianças e adolescentes, que poucos dias depois foram enviados para o complexo de extermínio de Auschwitz, instalado na Polónia. Apenas 17 pessoas sobreviveram

A partir da próxima segunda-feira, 4, com a abertura dos arquivos, os historiadores vão ter à sua disposição 16 milhões de documentos assim como dezenas de milhares de caixas procedentes não só do que foi conhecido como “arquivo secreto”, mas também de diferentes instituições da Santa Sé que foram organizados nos últimos 14 anos.

Até ao momento foi autorizada a consulta a 85 investigadores, entre os quais historiadores do Museu do Holocausto (Washington) assim como de Israel, Alemanha, Itália, França, Rússia, Espanha e de vários países da América do Sul.

Com Agência Lusa