A denúncia acontece no Dia dos Engenheiros, com o Bastonário da classe a estimar existir mais de 300 engenheiros a exercer a profissão de forma ilegal, sobretudo no setor público
A Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde conta com cerca de 1.200 engenheiros inscritos, mas estima que mais de 300 estejam a exercer a profissão de forma ilegal, sobretudo no setor público, o que no entender do Bastonário é “grave”.
Victor Coutinho diz que este grupo está a exercer à margem da lei o que no seu entender “é grave, porque muitas vezes” os projetos dos que estão na legalidade são avaliados e aprovados precisamente por “engenheiros que não são engenheiros, pelo menos não estão formalmente inscritos na Ordem”.
E o Bastonário é categórico: “quem não estiver inscrito, não está em condições de exercer nenhum ato de engenharia”.
Excetuando esta situação, Coutinho faz um balanço positivo do trabalho da classe em Cabo Verde e enaltece mesmo a importância destes profissionais no desenvolvimento do País.
“Nós, engenheiros, somos aquilo que acreditamos”, comentou, observando que a classe contribui “muito” para o desenvolvimento do País. “Se o País é o que é hoje é graças aos engenheiros”, diz, reconhecendo, no entanto, haver soluções “não bem conseguidas” e até mesmo “desafios” em que os engenheiros têm que “melhorar cada vez mais” a sua prestação.
Hoje as atenções estão centradas na ilha do Fogo onde decorre as atividades centrais.