VIH diminui em Cabo Verde, mas aumenta nas mulheres

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Aumentou de 0,4% para 0,7% a prevalência do VIH nas mulheres em Cabo Verde, porém a prevalência ao nível nacional diminui de 0,8 para 0,6

Dados do III Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva revelam que a prevalência do VIH nas mulheres em Cabo Verde aumentou de 0,4 % para 0,7%, apesar da prevalência a nível do País ter diminuído de 0,8% para 0,6%.

A Secretária Executiva da Comité de Coordenação do Combate a Sida, CCS/Sida, Celina Ferreira, alerta para a necessidade de uma maior intervenção junto desta camada populacional, na qual, as mulheres mais atingidas são as que vivem em condições económicas de muita “vulnerabilidade”.

A preocupação da CCS/Sida, conforme Celina Ferreira, é realizar várias intervenções no sentido de minimizar os problemas e de torná-las mais ativas e integradas na resposta ao HIV.

A executiva aponta ainda que CCS/Sida vem trabalhando com a rede de parceiros e estruturas públicas com atividades de esclarecimento e de conhecimento direcionadas às mulheres.

Tratando-se do fato de Cabo Verde ser um meio pequeno, Celina Ferreira mencionou sobre a existência ainda de estigmas e discriminação, pelo que o CCD/Sida tem pautado por desencadear programas de informação que habilitam as pessoas pela questão dos direitos lembrando que neste momento, tem em revisão a lei que permita que as pessoas tenham acesso, independentemente da sua orientação, aos serviços.

Em Cabo Verde, a prevalência do VIH na população geral diminuiu passando de 0,8% para 0,6%, sendo que nos homens passou de 1,1% para 0,4% e nas mulheres de 0,4% para 0,7%, segundo o II e III IDSR.

Na população como os usuários de drogas, as profissionais de sexo, os homens que fazem sexo com outros homens, e pessoas com deficiência, segundo dados, observa-se uma prevalência que vai de duas a seis vezes maior do que na população geral.

Recorde-se que amanhã, 1 de dezembro, assinala-se o dia mundial de luta contra a VIH-Sida.