Visita do Papa a Sudão do Sul leva “esperança e encorajamento”   

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Perspetiva é do Bispo de Rumbek. Dom Christian Carlassare adverte, no entanto, que a ida de Francisco, em fevereiro,“não é a solução” para os problemas do País

O Santo Padre Francisco deve visitar em fevereiro de 2023, o Sudão do Sul, naquela que será a primeira viagem apostólica do novo ano.

A visita, na perspetiva do Bispo de Rumbek leva “esperança e encorajamento” ao País, mas Dom Christian Carlassare adverte que a ida de Francisco “não é a solução” para os problemas do País.

Quanto às expetativas em torno da visita, o Bispo diz que “são muito altas”, uma visita “importante e histórica” do Papa, enquanto líder religioso e espiritual que “irá trazer esperança e encorajamento”.

A viagem do Papa, como peregrino da Paz, “será um tempo que nos ajudará a restaurar a nossa esperança e a nossa força, para estarmos empenhados na Paz”, admite, em entrevista concedida à Rádio Renascença de Portugal.

“A visita significa que o Papa não se preocupa apenas com os líderes, mas sobretudo com o povo, que está no fogo cruzado e a pagar o preço mais elevado deste conflito. Então, o Papa quer ser o pastor dos mais pobres, e a Igreja é a que está mais próxima e solidária com os cidadãos deste País”, observou Dom Christian Carlassare.

Quanto à situação em termos humanitários e de segurança, o Bispo de Rumbek anota ser “muito complicada”, lamentando haver “muitas armas e milícias que não estão integradas, então, há causas da violência que ainda não foram totalmente resolvidas”.

Há, ainda, muitos deslocados e refugiados “que ainda não voltaram a casa, e outros ficaram desalojados”.

O Prelado constata que a economia do Sudão do Sul “não está bem”, ao passo que a pobreza “aumentou”. Por outro lado, “há falta de segurança e de serviços”, constatando que a pobreza faz mesmo as pessoas sofrer, “e este é um grande problema”.

A Paz “tem de ser um compromisso coletivo, e não apenas de um grupo particular”, observa o Bispo.