YouTube suspende conta de Bolsonaro por desinformação

Jair Bolsonaro teria feito um vídeo em direto em que dizia que o uso de vacinas contra Covid-19 poderia facilitar o desenvolvimento de SIDA

O Youtube suspendeu na segunda-feira, dia 25, o canal do Presidente brasileiro por pelo menos sete dias, após Jair Bolsonaro ter alegado num vídeo que o uso de vacinas contra covid-19 poderia facilitar o desenvolvimento de SIDA.

O vídeo, que foi transmitido em direto na conta oficial do Presidente na quinta-feira, dia 21, também foi removido porque viola as diretrizes de “desinformação médica sobre a Covid-19” da plataforma, explicou o YouTube.

“Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou qual a sua opinião política”, indicou a plataforma de vídeos em comunicado.

Porta-vozes do YouTube explicaram à agência Espanhola Efe que a plataforma também optou por suspender a conta de Bolsonaro por pelo menos uma semana porque o seu canal já havia sido notificado em julho sobre a publicação de desinformação sobre a pandemia.

Assim, por se tratar de uma “reincidência”, o líder da extrema-direita Brasileira não poderá publicar novos vídeos ou transmitir ao vivo pelos próximos sete dias.

É a primeira vez que uma rede social suspende o perfil de Bolsonaro, que se tem caracterizado pelo negacionismo diante da gravidade da pandemia da Covid-19 e da eficácia das vacinas para combater a doença.

Antes do YouTube, também as redes sociais Facebook e Instagram retiraram das suas plataformas o vídeo em que Bolsonaro vinculava o uso de vacinas contra a Covid-19 ao desenvolvimento de SIDA.

Num vídeo em direto na última quinta-feira, o chefe de Estado citou uma notícia falsa na qual se defendia que relatórios oficiais do Governo do Reino teriam sugerido que algumas pessoas vacinadas contra a covid-19 estariam a desenvolver SIDA “muito mais rápido do que o previsto”, justificando assim a sua posição contra a imunização.

O Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Arthur Lira, disse nesta segunda-feira que Jair Bolsonaro deve ser responsabilizado por divulgar informações falsas, ao comentar a decisão tomada pelas redes sociais.