A caricata desculpa de falta de higiene no polivalente dos Mosteiros

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Mosteiros: alunos prejudicados pela Câmara Municipal (CMM) pela caricata desculpa de falta de higiene no polivalente ou por alguma “birra” política e interesses alheios???

Como sabemos, em pleno período de avaliações, os alunos e professores da Escola Secundária dos Mosteiros (ESM) estão proibidos de entrarem no polivalente para aulas de Educação Física porque a referida Câmara mandou interditar o acesso ao polivalente, ou melhor, mandou “soldar” o portão do referido polivalente para mostrar aos alunos que tem algum poder.

Já ouvimos as reações da Coordenação da Disciplina de Educação Física, da Câmara Municipal e da Delegação do Ministério da Educação (ME). Podia prescindir-me com os nítidos esclarecimentos do Sr. Delegado, Diniz dos Anjos, ou, logo à partida, com nítida abordagem do Sr. Coordenador da Disciplina, João Vieira.

A Câmara, de forma engraçada, para não expor a sua birra política, alega que encontrou a sua casa de banho suja, razão pela qual mandou “soldar” o portão do polivalente, em prol da Saúde dos alunos e professores.

Ora,

a) A nova Escola Secundária dos Mosteiros veio com um erro de fabrico, isto é, não tem um polidesportivo próprio porque o Governo do PAICV considerou que Mosteiros não merece;

b) Através de alguma “negociata”, a CMM, mesmo sem querer, tinha que emprestar o seu polivalente à Escola, ou melhor, ao Governo do PAICV;

c) Com o andar do tempo, isto é, de 2014 a 2016, as partes já não se entendiam, considerando que o Governo de então não concordava com a avultada e avulsa proposta da CMM para que pudesse passar, em troca, o polivalente ao ME;

d) O referido polivalente, de 2014 a 2018, ou melhor, ao dia em que a Câmara mandou “soldar” o portão, estava sendo compartilhado, ou seja, a Escola, a Comunidade e a própria Câmara usavam-no, em diferentes momentos e contextos;

e) Como o espaço sempre foi compartilhado, a comunidade e a própria Câmara sujavam-no;

f) APENAS AGORA é que a Câmara decidiu impedir aos alunos de estudarem, inventando desculpas em prol da sua saúde, mas não impede que a comunidade jogue no mesmo espaço. Ainda ontem e hoje, vários jovens jogaram aí. Por sinal, na visão daquela Câmara, saúde para os jovens ou para a comunidade não existe! (rsrsrsrsrsrsrs…);

g) O espaço é da Câmara. Logo, a mesma tinha e tem que ter responsabilidades tangentes à sua limpeza, à sua manutenção e à sua correta gestão. O saneamento municipal está consagrado na lei;

h) A Escola Teixeira de Sousa, de São Filipe – Fogo, também não tem polidesportivo próprio. Todavia, a Câmara Municipal de São Filipe empresta-a à referida Escola, em troca de nada, e é a própria Câmara a assumir toda a responsabilidade no que concerne à sua limpeza, manutenção e segurança. Ainda por cima, há um guarda permanente naquele polidesportivo. GRANDE EXEMPLO!

Posto isto, deixo algumas perguntas para reflexão:

A CMM comunicou a Delegação do ME, a Direção da ESM ou a Equipa de Coordenação da Disciplina que ia praticar tal ato? Caso sim, quem foi que autorizou a entrada do pessoal da CMM no recinto da Escola para tal ato? Se fosse na gestão anterior, do Sr. José Cruz, aquilo teria acontecido?

É aceitável que uma autarquia diga que foi por motivos de falta de higiente no espaço que a mesma mandou interditar o acesso da comunidade escolar ao polivalente? Quem deve limpar o espaço sabendo que o polivalente é compartilhado?

Porquê que a Câmara Municipal dos Mosteiros atribui culpa aos alunos quanto ao uso do espaço e não aos cidadãos que fazem uso do espaço, inclusive a própria Câmara?

Quem vandalizou o referido Polivalente? Os alunos da Escola Secundária dos Mosteiros ou os cidadãos e a própria Câmara que também fazem uso do espaço?

Porquê que só agora é que a Câmara pensou na saúde dos Estudantes e Professores? De 2014 a 2018 a Saúde não fazia parte do dicionário da Câmara? Ou será que a Câmara não efetua fiscalização das suas propriedades?

Caso o motivo seja a falta de higiene, porquê que apenas a porta que dá acesso ao liceu foi “soldada”? Porquê que as duas outras portas permanecem abertas? Porquê que ainda não se efetuou a limpeza do espaço? Porquê que os cidadãos continuam utilizando o espaço sem limpeza alguma? Esses cidadãos não merecem cuidados de saúde??

Não seria melhor um diálogo entre as partes (ESM e CMM) para que se pudesse analisar o problema, de forma institucional, e evitar prejudicar os quase 800 alunos da Escola?

A Câmara Municipal dos Mosteiros não está em condições de efetuar uma limpeza periódica num espaço público sob a sua tutela?

É preferível “soldar” a porta contra o progresso dos alunos ou é preferível “limpar” o espaço, abrir a porta e criar lá dentro verdadeiros cidadãos e bons “soldados” em prol da vida?

Custa passar a propriedade ao Governo, aliás aos alunos do nosso concelho, em troca de nada, e arranjar financiamentos para a construção de um novo polivalente? Se a Câmara Municipal recebeu do atual Governo alguns imóveis (antiga EMPA, antiga Delegacia de Saúde, etc), em troca de nada, porquê que a Câmara não faz o mesmo no que concerne a esse polivalente?

ALUNOS EM PRIMEIRO LUGAR! BIRRA POLÍTICA EM ÚLTIMO LUGAR!

TENHO DITO!



1 COMENTÁRIO

  1. Os Mosteirenses terá já em 2020 uma SEGUNDA oportunidade de LIMPAR de vêz essa MESQUINHÊZ,POLITIQUICE,CAMARADICES…etc do paicv na Ilha do Fogo!!! analisem os comportamentos dos autarcas de S.Filipe e de S. Catarina e tirem as vossas conclusões.

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