África é muito rica em governantes e muito pobre em verdadeiros líderes

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Declaração é do professor Samba Buri Mboup e foi proferida durante uma conferência enquadrada na comemoração do Black History Month – Mês da História Africana, sob o lema “Pan-Africanismo e Renascença Africana”

O professor e Diretor Administrativo da New Edge Consulting, no Senegal e África do Sul, Samba Buri Mboup, afirmou ontem que o Continente Africano é “muito rico” em governantes e “muito pobre” em verdadeiros líderes.

Samba Mboup falava durante uma conferência enquadrada na comemoração do mês da história Africana, realizada no auditório da Escola e Governação e Negócios da Universidade de Cabo Verde, em que o objetivo é criar oficialmente um comité de Movimento Federalista Pan-Africano, MFPA, e preparar o País para participar no primeiro congresso federalista Pan-Africano.

Para o referido professor, na África há carência de líderes. “Todos os problemas da África é falta de liderança”, disse, afirmando que essa realidade afeta todas as categorias de liderança, inteletuais, políticos e espirituais.

Samba fala em falta de modelo de liderança, “uma matriz história e cultural que permite produzir novas gerações de líderes”.

A África é rica, mas deve ter uma visão diferente sobre a política, a economia e a cultura, refere. O Continente deve antes de tudo, sublinhou, acreditar em si mesmo, colocar a criação e um Estado federal na sua estratégia, seguí-la por etapas, começando por comunidades económicas regionais, até chegar ao processo de federação e unificação política.

No entanto, apesar de tudo isso, defende que África é o Continente do futuro, já que contém um conjunto de componentes que devido ao seu posicionamento geoestratégico no centro do mapa do mundo, reservas naturais, recursos, fauna e flora, minerais estratégicos, florestas, recursos que transformam o Continente no segundo pulmão do planeta.

De realçar que o MFPA em Cabo Verde efetua, de 27 de fevereiro a 2 de março, na Cidade da Praia, o primeiro “grande encontro” sob o lema “Pan-Africanismo e Renascença Africana” para promover debates sobre a identidade Africana.