“Análise política, importância do Jornalismo e a Crise da Democracia” debatida na Uni-CV

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Tema foi proferido pelo analista Bernardo de Lima, uma iniciativa organizada pela Presidência da República, em parceria com a União Europeia, a Câmara Municipal de São Vicente e a Universidade de Cabo Verde

Segundo o analista Bernardo de Lima, há uma ligação entre o jornalismo e a democracia, e é por isso que, “não se pode falar de saúde democrática, sem falar da saúde da comunicação social, que é um poder, um player nas democracias”.

O analista realça ainda “que estamos a perceber que neste momento, estamos numa fase de ajustamento, há muitas tensões internas na democracia, há projetos alternativos”, estes são destruidores da saúde da democracia, e nascem dentro da democracia.

Relativamente ao jornalismo, “há formas alternativas também de fazer jornalismo, há o jornalismo sério, bom, que tem padrões de qualidade e há o outro que autointitula-se jornalismo, mas que não é jornalismo é apenas difusão de mentira, de teorias da conspiração e de fatos alternativos para criar uma atmosfera de alarmismo e que em campanhas eleitorais joga-se muito com a raiva e com o medo instalado na Sociedade”, explica.

Já tendo em conta o papel dos jovens nesta crise da democrática, e no jornalismo, Bernardo diz que “tem um papel central” e que não vai ao encontro com a ideia de que os jovens estão completamente dissociados da política.

Para esse especialista, foram os jovens que trouxeram as temáticas das mudanças climáticas à tona e a colocaram na agenda mediática e que somente precisam de organização, para encontrar “mecanismos para transpor uma certa dose ao protesto de rua para algo mais maduro”.

Bernardo Lima diz ainda que Cabo Verde tem uma democracia com problemas, “dores naturais”, como todas as outras democracias, com conquistas “extraordinárias”, acrescentando que o País “tem de as identificar e as corrigir”, para o bem da saúde da própria democracia.

Os participantes, abordados pelo OPAÍS.cv, consideram que foi uma “excelente iniciativa”, levar temas do tipo aos jovens e de os fazerem estar mais ligados aos problemas sociais, políticos retendo assim informações e partilhando-as de uma forma mais positiva.