Ao contrário da Primeira-dama, PR não comenta prisão preventiva a Amadeu Oliveira

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Jorge Carlos Fonseca observa que “casamento não estabelece união de pensamentos” e deixou entender que foi também surpreendido pelas declarações da Primeira-dama

Mais cauteloso do que a Primeira-dama, Lígia Dias Fonseca, que questionou a medida de coação aplicada ao advogado Amadeu Oliveira, detido preventivamente, no processo de fuga do cidadão Arlindo Teixeira, para França, o Presidente JCF observou que se está perante um processo que corre seus trâmites na Justiça, mas advertiu que no quadro da Lei do Processo Penal “haverá sempre uma solução” para o caso.

“Se houver um recurso para uma entidade que é precisamente a entidade relativamente a qual existe o problema ou conflito que leva a prisão preventiva, a lei do Processo Penal prevê esse tipo de casos e haverá uma solução para isso”, afiançou.

Quanto às declarações da sua esposa, sobre este mesmo processo, JCF foi comedido e deixou entender que foi também surpreendido pelas declarações da Primeira-dama. “Posso dizer que (ela) não falou comigo antes. Eu também ouvi-a falar sobre isso na televisão”, adiantou o PR que garante ter comentado com a esposa o assunto. “É claro que comentei com ela. Mas não vou dizer o que comentei com ela”, acrescentou.

Antes, JCF observou que o “casamento não estabelece união de pensamentos”, pelo que deixa entender não concordar com as declarações da sua esposa nesta matéria.

Jurista que é, JCF garante ter opinião própria sobre o assunto mas como PR evita falar do assunto que está também a ser um “bocado politizado”, mas garante acompanhar o processo e confessa também desconhecer os fundamentos do Juiz do Tribunal de Relação de Barlavento para colocar Amadeu Oliveira em prisão preventiva. “Em quase toda a minha vida eu trabalhei nisso. Matéria criminal, prisão preventiva, naturalmente tenho uma opinião, como cidadão, mas como Presidente da República, um processo que é um bocado politizado, vou acompanhando”, assegurou.

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