Cerimónia de Oferta Particular de Subscrição do Empréstimo Obrigacionista, ocorreu ontem na sede da BV, na Cidade da Praia
O Presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Miguel Monteiro, anunciou a sua pretensão de ter, pelos menos, 10 empresas cotadas, 20% de investidores internacionais, no horizonte de 5 anos, e transformar a instituição num instrumento ao serviço da economia real que apoie o desenvolvimento sustentável.
Miguel Monteiro reconheceu os desafios que os tempos de hoje impõe, e indicou que o relançamento da economia e a prossecução dos objetivos da Agenda 2030 requer um esforço de todos os Cabo-verdianos enalteceu o facto de querer ter trabalho para que os Cabo-verdianos tenham uma Bolsa de Valores sustentável, acessível, atrativa e relevantes a nível nacional e regional com uma reputação global.
Sublinhou ainda a vontade de oferecer alternativas de financiamento e investimento, em condições favoráveis às emitentes e investidores através da intermediação financeira.
A posição foi expressa durante a cerimónia de Oferta Particular de Subscrição do Empréstimo Obrigacionista da MORABI, ocorrida ontem na sede da BV, na Cidade da Praia, em que aquela instituição de microcrédito recebeu uma emissão de 100 mil contos. O momento configurou como o lançamento da primeira emissão social no País.
Lina Gonçalves, Presidente do Conselho da Direção da MORABI, Cooperativa de Poupança e Crédito, reconheceu que esta emissão vai ajudar a instituição a cumprir com sua missão social, a qual ficou “muito afetada” com a pandemia da Covid-19.
Momento “histórico e importante”
Foi assim que o Vice Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças e do Fomento Empresarial que presidiu ato classificou o momento. Olavo Correia realçou ser também a primeira emissão social a nível de África.
Os 100 mil contos, adicionou o governante, vão permitir à MORABI “melhores condições” para financiar quem atua no setor do micro empreendedorismo.
“Com essa operação, a MORABI, que praticava uma taxa de juro de cerca de 22%, vai praticar agora uma taxa máxima de 12% para beneficiar todos aqueles que atuam no setor das micro finanças e do micro empreendedorismo para que possam ter acesso ao financiamento a um custo mais baixo e empreender”, apontou na ocasião.
