Qualquer uma das conexões da CVA serão opções da gestão “desde que sejam rentáveis” para a companhia, avisou Ulisses Correia e Silva
O Primeiro-Ministro considerou esta sexta-feira, 1, durante o ato de assinatura da privatização da TACV, que a Cabo Verde Airlines, CVA, deve nortear a sua atuação por critérios de rentabilidade e sustentabilidade para poder crescer e desenvolver-se com impacto na economia do País.
Ulisses Correia e Silva acentuou que ao Estado compete a “definição e execução de boas políticas de transporte” e não a gestão. “Estado não deve confundir a política de transportes com a gestão de uma companhia de bandeira”, advertiu.
Quanto às ligações, o PM revelou que está acordado ligações a partir do Aeroporto Internacional da Praia com a capital portuguesa e Boston, nos Estados Unidos, e entre São Vicente e Lisboa, mas deixou claro que qualquer uma das conexões serão opções da gestão “desde que sejam rentáveis” para a companhia.
“A CVA deve voar com segurança, rentabilidade e com retorno económico”, reiterou.
UCS admite, no entanto, que o Governo, no quadro da sua política de transportes, pode criar instrumentos que “supletivamente possam viabilizar” as rotas consideradas de interesse estratégico para o País.
Trabalhadores acionistas
Quanto ao capital social da novel companhia, o PM indicou que para além dos 51% já adquiridos pela Lofleidir Cabo Verde, os restantes 49% serão adquiridos por nacionais Cabo-verdianos, sendo 10% reservados aos trabalhadores e emigrantes. É que o Governo quer os trabalhadores como “acionistas e motivados” por isso decidiu um bónus de 15% na venda das ações a este grupo. Os restantes 39% serão adquiridas via Bolsa de Valores.
UCS terminou a sua comunicação observando que os servidores do Estado têm, doravante, a “obrigação” de dar preferência, em viagens oficiais, à companhia de Bandeira. “E vamos fazer que assim aconteça. É assim em toda parte do mundo e aqui não pode ser diferente”, pontuou.
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