Cabo Verde vai poupar 40% com compras de medicamentos

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Para além de Cabo Verde, a medida recai também sobre outros Estados Insulares Africanos, que assinaram um acordo para aquisição conjunta de medicamentos

Os Estados Insulares Africanos, incluindo Cabo Verde, vão poupar 40% com a compra de medicamentos, de acordo com um acordo assinado hoje entre os Governos desses Países.

A cerimónia de assinatura do acordo, que decorreu por videoconferência, envolveu os Ministros da Saúde de Cabo Verde, Comores, Maurícias, São Tomé e Príncipe e Seicheles, bem como a Guiné-Bissau e Madagáscar, que se associaram à iniciativa, que tem o apoio técnico do escritório da OMS para África. “É uma oportunidade para tornar os medicamentos essenciais mais acessíveis às pessoas”, destacou, durante a cerimónia, Matshidiso Moeti, Diretora Regional para África da OMS, admitindo que a poupança na aquisição conjunta de medicamentos e vacinas por estes sete países poderá chegar a 40%.

“A longo prazo, vai permitir criar um mercado comum de medicamentos e uma oportunidade para lançar o fabrico local”, assumiu Matshidiso Moeti.

Para o Ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, que lidera o grupo dos cinco pequenos Estados Insulares Africanos em desenvolvimento, o acordo assinado “é importante” porque desde logo garante o ‘stock’ de medicamentos, a preços mais reduzidos, principalmente no atual contexto de pandemia da Covid-19, admitindo ser este uma “excelente” oportunidade para a promoção da indústria farmacêutica nacional desses países, e que abre a possibilidade de estabelecer parcerias importantes ao nível do Continente na compra e produção de medicamentos.

A próxima etapa, adiantou o governante Cabo-verdiano, passa pelo lançamento de um “teste para a aquisição conjunta” de um número limitado de fármacos e de seguida pelo reforço da capacidade do secretariado deste grupo, assumido pela OMS África e que será depois colocado num dos países integrantes do grupo. Explicou ainda que será necessário, depois, mobilizar recursos humanos, logísticos e financeiros, bem como incentivar a produção local de medicamentos, “com qualidade e certificada”.



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