OMS considera “histórico” acordo assinado entre países insulares Africanos

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Diretor-Geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, falava da decisão desses países em adquirir conjuntamente os medicamentos, o que os farão poupar 40%. Ghebreyesus defende ainda que o acordo deve ser replicado

O Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde, OMS, classificou como “histórico” o acordo assinado hoje pelos Governos dos pequenos Estados insulares Africanos em desenvolvimento, atualmente liderado por Cabo Verde, para a aquisição conjunta de medicamentos, defendendo que seja replicado.

“Este acordo surge num período crítico para todo o mundo. O custo dos medicamentos e dos produtos de saúde está a consumir uma proporção importante dos orçamentos nacionais”, destacou Ghebreyesus, ao intervir na cerimónia de assinatura deste acordo, que decorreu por videoconferência.

A cerimónia de assinatura, envolveu os Ministros da Saúde de Cabo Verde, Comores, Maurícias, São Tomé e Príncipe e Seicheles, que constituem o grupo dos pequenos Estados insulares africanos em desenvolvimento, bem como a Guiné-Bissau e Madagáscar, que se associaram à iniciativa, a qual tem o apoio técnico do escritório da OMS para África.

Tedros Adhanom Ghebreyesus destacou tratar-se de um “acordo histórico”, que surge precisamente “numa altura em que a Covid-19 está criar desafios aos sistemas de saúde do mundo”, e que permitirá reduzir custos e garantir a qualidade dos medicamentos, nomeadamente nos países Africanos que se debatem com problemas de falsificação dos fármacos. “Espero que inspire outros países a seguirem o exemplo”, disse o Diretor-Geral da OMS, reafirmando o apoio daquela agência das Nações Unidas ao projeto dos pequenos Estados insulares de África.

O grupo dos cinco pequenos Estados insulares Africanos em desenvolvimento é liderado desde dezembro por Cabo Verde, que esteve representado na assinatura do acordo pelo Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário.

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