Cabo Verde vai receber 27,8 milhões de Euros do FMI

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Este montante está incluido dentro do pacote de 16,5 mil milhões destinados aos Países de Língua Oficial Portuguêsa, incluíndo Timor-Leste

Cabo Verde vai receber do FMI um total de 27,8 milhões de Euros decorrentes da nova alocação de Direitos Especiais de Saque, DES, hoje concretizada.

A informação é avançada pela Agência Lusa, que cita o documento que foi aprovado pelo conselho de administração do FMI e que começará hoje a reforçar as reservas cambiais de todos os membros do Fundo, a soma dos valores atribuíveis aos nove países Lusófonos.

O valor que Cabo Verde vai receber está inserido dentro do pacote de 16.492,5 mil milhões de Euros, representando 13.623 milhões de unidades de DES, a ser distribuído a todos os países da CPLP.

De acordo com a mesma fonte, Brasil, a maior economia da Lusofonia, vai receber 12,7 mil milhões de Euros, seguido de Portugal, que verá as suas reservas externas aumentar em 2.373 milhões de Euros.

Angola é o País Lusófono Africano que terá uma alocação mais robusta, 852 milhões, seguindo-se Moçambique, com 261 milhões de Euros, a Guiné Equatorial, 181,6 milhões de Euros, a Guiné-Bissau, com 32,6 milhões, Cabo Verde, com 27,8 milhões, e São Tomé e Príncipe, que receberá quase 17 milhões de Euros em reservas cambiais.

No total, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa receberão um reforço de 1.372,2 milhões de Euros, correspondentes a 1.134 milhões de unidades de DES, enquanto Timor-Leste receberá 29 milhões de Euros.

“A proposta defende uma alocação de 650 mil milhões de Dólares, cerca de 456 mil milhões de DES, baseada numa avaliação das necessidades de reservas dos Estados membros a longo prazo, e inclui medidas para aumentar a transparência e a responsabilização no reporte do uso dos DES, ao mesmo tempo que preserva as caraterísticas dos DES”, lê-se numa nota técnica do FMI sobre a emissão, que começará hoje a ser concretizada.

Na nota, lê-se ainda que “a alocação ajudará muitos Estados-membros a suavizar a necessidade de ajustamento face aos constrangimento de liquidez e a evitar políticas desequilibradas, ao mesmo tempo que fornece espaço para aumentar a despesa na resposta à crise e nas vacinas”.