Cai pano sobre 31ª edição do Festival de Santa Maria com artistas a levarem público ao rubro 

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Chegou ao fim, este domingo, o Festival de Música da Praia de Santa Maria, no Sal, com os diversos artistas a brindarem o público com performances memoráveis durante dois dias

O segundo dia do certame teve início por volta das 21h50, com Coletivo Junção 2023 que abriu as portas do evento.

Composto por Nery Soarez, Tavas, Lulu, Stefania, Lito, Mendes e Mateus, vozes que agradaram os presentes com um repertório recheado de demostrações de amor à cultura musical de Cabo Verde.

O certame prosseguiu, desta feita dando lugar ao denominado Coletivo hip hop, formado por vozes fazedores da cultura rap na Ilha do Sal.

Participaram os três primeiros classificados do concurso hip hop Sal, Dy and mic, Mitcha TNT e Baixada Music, contando com convidados especiais, como o rapper Golp d’Letra, veterano da modalidade no País, com mais de 25 anos de carreira, e Ay T-Cla-2, sempre acarinhado no Sal.

Ainda no segundo dia, os festivaleiros puderam assistir o Cordas do Sol e o artista carnavalesco, Anísio Rodrigues.

A noite prosseguia com Beto Dias, um dos nomes mais esperado da noite, que soube oferecer ao público momentos mágicos de boa música com sucessos que até hoje fazem a alegria dos fãs, terminando com o “Totalment di bo”, acompanhado pela voz calorosa do público presente.

Zé Delgado, por sua vez, abrilhantou a noite com temas como “Tchiluf” e “Herança d’nha Raça”.

Um momento sublime onde gerações diferentes puderam unir numa só voz juntamente com o artista que canta e encanta com suas mensagens positivas.

Zé Delgado salientouque isto vem ao encontro com o que delineou como missão de vida, “que é levar mensagens encorajadores, capazes de tocar o coração e fazer diferença na vida de quem o escuta”.

Willian Araújo, radicado na Holanda mas simultaneamente um ‘salgadim’, teve o “prazer de, uma vez mais, cantar em casa” desfrutando do carinho de um público que lhe é familiar.

Seguiu-se o prestigiado músico Cabo-verdiano, Grace Évora, recordando grandes trabalhos que marcaram uma geração, com destaque para a faixa “Lolita” que arrebatou reações calorosas dos presentes.

“É sempre especial atuar neste palco, na presença dum público quente que nos faz sentir que o nosso trabalho vale a pena”, pontuou.

Já a manhã vinha abraçando e cobrindo o areal de Santa Maria, com os festeiros a cantarem e “voando” ao ritmo eletrizante e sons do Elji Bitskilla, classificado pelo público mais jovem como a melhor atuação desta edição, com momentos de grandes emoções.

A festa continuou pela manhã adentro, contando com mais atuações, neste caso da voz quente e sedutorade Neyna e Josslyn, duas artistas reconhecidas pela modernidade, trazendo ao palco temas mágicas no estilo kisomba, acompanhadas com uma perfeita interação com o público que não arredava os pés.

A encerrar a festa com a chave de ouro, ao palco era chamado o músico Jamaicano, Anthony B, esperado sobretudo pelos amantes do reggae, único não Crioulo neste evento iniciado na sexta-feira, 15.

Tal como a organização adiantou, 90% dos artistas eram Cabo-verdianos.

A julgar pela reação do grande público que aderiu ao festival, tal como comprova a imagem desta peça, o festival teve extraordinária adesão de gentes que chegaram de várias latitudes para prestigiar este certame musical, um dos maiores produzidos em Cabo Verde.