Autoridades sanitárias confirmam surgimento do primeiro caso positivo do coronavírus, na Cidade da Praia. O homem de 43 anos de idade estava sob vigilância
Está confirmado o primeiro caso de coronavírus fora da ilha da Boa Vista. É na Cidade da Praia, na ilha de Santiago e é um cidadão nacional que regressou do estrangeiro.
O indivíduo de sexo masculino chegou de Portugal no passado dia 18, antes da interdição dos voos comerciais, esteve em quarentena num apartamento em Achada São Filipe, e estava sob vigilância das autoridades sanitárias da Cidade da Praia.
Ele chegou ao País proveniente de países assinalados pelo Covid-19, como Portugal e França. Ontem ele emitiu os primeiros sintomas respiratórios “leves” e após testes laboratoriais confirmou-se positivo.
“Ele está com sintomas respiratórios leves, e sem falta de ar. Está em isolamento e a ser seguido” assegurou o Ministro da Saúde que garante que pessoas que lhe são próximas vão ser submetidas a acompanhamento.
Trata-se do primeiro caso positivo de Covid-19, num Cabo-verdiano, mas estamos perante mais um caso importado que se junta aos dois turistas na Boa Vista.
Novas medidas às 11h30
Arlindo do Rosário indicou que o Gabinete de crise do Covid-19 reúne-se ainda esta manhã, sob presidência do Primeiro-Ministro, para analisar medidas que possam vir a ser adotadas face ao caso da Praia.
O PM deve fazer uma comunicação ao País logo a seguir à reunião.
O turista Inglês, falecido na noite de segunda-feira, já foi sepultado na Boa Vista, e a turista Holandesa deverá regressar ainda hoje ao seu País. O seu estado clínico “é grave” mas está em condições de ser evacuada, precisou o Ministro.
O Diretor Nacional de Saúde, Artur Correia, salientou, por seu turno que o sistema nacional de vigilância tem funcionado “muito bem”, e realçou que todos os casos em Cabo Verde são “importados”.
“É a primeira vez um importado a partir de um Cabo-verdiano”, precisou, destacando a “rapidez” com que este caso foi detetado.
Linha verde
Artur Correia garantiu um “reforço” da Linha Verde, desde a passada segunda-feira. Há 3 profissionais de saúdes, que passam informações aos médicos na retaguarda, e vai haver apoio psicológico.
Quanto aos funerais, o Diretor assegurou que há normas de procedimentos em todas as Delegacias de Saúde, e que recomendam que os funerais não devem ser assistidos por mais de 20 pessoas.
Quanto à “fuga de informação” o Ministro admitiu que esta situação pode contribuir para “criar confusão” no seio das pessoas, mas deixou um aviso, no sentido de “nunca confundir a árvore com a floresta”.
Arlindo do Rosário acredita que esta situação é algo que vai ser ultrapassado.
Notícia atualizada às 10h38.
