Desafio foi lançado esta manhã no Parlamento, pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas aos eleitos da Nação
Abraão Vicente, assegurou esta quinta-feira, 19, no Parlamento, que a consagração da Morna enquanto Património Cultural Imaterial da Humanidade, exige também a consagração da língua Cabo-verdiana.
O Ministro desafiou os eleitos da Nação, a terem isso em conta numa futura revisão constitucional, referindo que, não se pode ter um Património Cultural da Humanidade em que a língua na qual sustenta não é devidamente valorizada no País.
O governante disse ter ficado claro a importância da língua materna, durante todo o processo de submissão da candidatura da Morna a Património junto da UNESCO.
Quanto às celebrações, o Ministro garantiu ter no Orçamento do Estado, verba para as festividades que deverão estar viradas para as comunidades, sendo a Morna como Património é uma “grande oportunidade” para promover Cabo Verde.
O titular da pasta da Cultura, defendeu mais engajamento por parte das Câmaras Municipais, Associações, Produtores como forma de promover “cada vez mais “ este género e que a Sociedade deve ver essa consagração como uma porta que se abre para o futuro de Cabo Verde como uma Nação cultural.
No dizer de Abraão Vicente, o Governo está preparado para submeter outros dossiês, mas vão ser feitas com a “devida ponderação” e com análise de como decorreu este processo. Admitiu que o plano de salvaguarda da Morna já foi aprovada pela UNESCO, centrado em 7 pontos, sendo a criação do acervo documental, investigação e emissão de obras, investigação de base comunitária, ensino e pedagogia, criação de espaços de representação, promoção da morna e um quadro legal.
