Covid-19. Agência Europeia do Medicamento espera distribuição em janeiro

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A Agência Europeia de Medicamentos, EMA, espera dar um parecer favorável sobre uma primeira vacina contra o novo coronavírus “até o final do ano” para ser distribuída “a partir de janeiro”

Guido Rasi, Diretor da EMA, admite que se os dados “forem sólidos”, a instituição que dirige pode emitir “luz verde” para a primeira vacina até o final do ano, devendo a distribuição iniciar a partir de janeiro de 2021.

A EMA é responsável pela autorização e controlo dos medicamentos na União Europeia, sendo que a luz verde final dada pela Comissão Europeia permite aos laboratórios comercializar os seus medicamentos em toda a UE.

A EMA, que espera que “seis ou sete” diferentes vacinas estejam disponíveis em 2021, recebeu na última sexta-feira “os primeiros dados clínicos da Pfizer sobre a sua vacina”, afirmou Rasi, citado pelo Jornal Italiano “Il Sole 24 Ore”.

Quanto ao AstraZeneca, o responsável garantiu terem já recebidos dados pré-clínicos de ensaios em animais, que “estão a ser avaliados”.

Assim que a vacina para a Covid-19 estiver disponível para comercialização, os seus primeiros efeitos ao nível de conter a disseminação do vírus “serão visíveis” entre 5 a 6 meses “principalmente no próximo verão”, explicou Guido Rasi, lembrando que “não será possível” imunizar todas as pessoas.

A ideia é começar pelas categorias mais vulneráveis, nomeadamente, os idosos e os profissionais de saúde, que passarão a “bloquear” as pontes de transmissão, indicou.

Apenas na Europa, Guido Rasi admite que seja necessário vacinar “mais de metade” da população para se “poder assistir a um declínio da pandemia”. Na sua opinião serão necessários, pelo menos 500 milhões de doses.

A nível planetário, a Covid-19 já provocou, pelo menos, mais de 1.300 milhões de óbitos em mais de 53 milhões de infeções.

Em Cabo Verde, dados oficiais da Direção Nacional de Saúde referem a 9.780 infeções, a grande maioria, 9.148 recuperada, mas a lamentar 102 óbitos e 2 transferidos.

A primeira infeção deu-se na Boa Vista, a 19 de março, sendo vítima um turista Inglês que acabaria por falecer dias depois e ser sepultado na Ilha