“Elite do exército Português trafica diamantes, ouro e droga em missões da ONU”

0

PJ tem mandados de detenção para comandos e ex-comandos, sob suspeita de terem montado uma associação criminosa em torno das missões Portuguesas, ao abrigo da ONU. Há mais de 10 detidos

Trata-se da maior operação do ano, levado a cabo pela Polícia Judiciária de Portugal, com mais de 200 inspetores em mais de 100 buscas de Norte a Sul, naquele que será um novo escândalo para as Forças Armadas depois do caso de Tancos.

A informação é avançada pela TVI24, dando conta que a PJ tem mandados de detenção para comandos e ex-comandos, a elite do Exército, sob suspeita de terem montado uma associação criminosa em torno das missões Portuguesas, ao abrigo da ONU, na República Centro Africana, RCA.

Em causa, diz a mesma fonte, está o tráfico de diamantes, de ouro e droga, que esses militares transportam daquele País em guerra, para a Europa, a bordo de aviões militares cuja carga não é fiscalizada.

Depois há ainda um elaborado esquema de branqueamento de capitais, inclusive através da compra de bitcoins, uma moeda virtual transacionada na Internet sem controlo das autoridades financeiras.

A TVI24 adianta que há no momento mais de 10 detidos. A investigação passa, por exemplo, pelo regimento de Comandos, no quartel da Carregueira – base dos principais suspeitos de um esquema que dura há largos anos. Há comandos envolvidos, e ex-comandos, que passaram por missões militares na RCA. Destes últimos, sabe a TVI, atualmente alguns são polícias: agentes da PSP e militares da GNR.

O negócio assenta sobretudo no lucro com os chamados diamantes de sangue – extraídos de um País em constante conflito armado e sangrento, com milhares de mortos já contabilizados, onde se disputa também o controlo das minas.

A operação decorre na grande Lisboa, mas também sobretudo no norte de Portugal, com buscas no Porto, Bragança ou Vila Real.