Estado vai assumir “na totalidade” gestão da Cabo Verde Airlines

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Quem o garante é o Primeiro-Ministro que anuncia reversão dos 51% que a Lofleidir Icelandic detém na CVA

O Governo vai, nos próximos dias, encetar um processo junto da Lofleidir Icelandic, para reverter os 51% de capital da Cabo Verde Airlines, CVA, atualmente na posse do parceiro Islandês. A possibilidade é avançada pelo próprio Primeiro-Ministro que admite “algum incumprimento” de acordos pela Lofleidir Icelandic.

Ulisses Correia e Silva que falava na última noite à TCV, assegurou que o Governo estará sempre do lado do interesse nacional. Perspetivou, no entanto, que a retoma anunciada para a passada sexta-feira “seja sustentável”.

“Iremos tomar a melhor decisão”, adiantou o Chefe do Governo que acredita ser possível encontrar uma “melhor saída” na sequência das negociações com o parceiro que desde março 2019 está ligado à CVA.

O PM diz que quanto à CVA “preocupa-nos que a retoma seja sustentável, possa garantir que do ponto de vista comercial a CVA seja estável”.

Quanto à continuidade da parceria com Lofleidir Icelandic, UCS foi claro. O Governo não tem “indicações claras de que esta parceria pode garantir a sustentabilidade da empresa”, por isso, adianta, o Executivo “está mais inclinado em fazer a reversão” do acordo de modo a se garantir as condições para que a CVA seja “sustentável, fazer a retoma dentro das condições que garantam também essa sustentabilidade e mais tarde procurarmos novas parcerias”.

“Estamos numa fase em que muito dificilmente iremos continuar com esta parceria”, adicionou o PM, que no entanto defende que não houve qualquer erro quando o Governo fez o acordo com a Icelandic. “As condições eram totalmente diferentes quando fizemos a privatização”, recordou.

Com esta reversão, o Estado vai assumir “na totalidade” a gestão da CVA, assegura o PM.



5 COMENTÁRIOS

  1. Espero que seja para ponto tempo… o caminho mais correcto é o governo entregar depois a companhia a privados… a reversão, foi feita pelo governo de Antônio Costa em Portugal com a TAP e foi um grande erro. Claro que há situações onde nos restam poucas alternativas, este caso deve ser um exemplo: tantos avales a condicionar a nossa dívida interna, com um banco mundial a condicionar as nossas ações como condição de abrir cordão a bolsa, ao governo não restava outra alternativa…claro que tudo o que escrevi aqui não passa da minha dedução sobre um assunto que não tenho nenhuma informação credível.

    • E uma companhia de bandeira, e necessário a sua sustentabilidade e lucros para resolução dos seus problemas que se arrastam há décadas… contudo deve ser um elo de ligação dos Cabo-verdianos e da sua Diáspora… O clichê de maldizer dos próprios Cabo-verdianos para com a tacv precisa de mudar, atrasos nos voos são normais hoje em dia, é devemos evitar o extravio de bagagens e apresentar preços competitivos para ganhar a confiança dos Cabo-verdianos e de outros que queiram visitar o nosso país.

  2. Muito bem. Mas, os islandeses contam com alianças dentro dos Conselheiros do Governo para aviação civil. Todos eles ligados ao tal Mário Chaves, agora na SATA e que escolheu a dedo muitos pilotos que agora desempenham cargos de chefia na Cabo Verde Airlines. Leia se a peça que saiu no A Nação. Muita mudança terá de ser feita, nomeadamente, nas operações de voo.

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