Fim do mês de Abril e início do mês de Maio são os dias mais movimentados da ou na ilha do Fogo e, particularmente da ou na cidade de São Filipe.
São dias das tradicionais festas de São Filipe, trazendo gente de toda a ponta do país e da nossa rica diáspora.
São dias inesquecíveis, de muita alegria e de muita animação. É neste período que as festas tomam contam da ilha, de Cabo Verde e da nossa imensa e amiga diaspora, particularmente dos EUA. E já estão atrair – com entusiamo – os nossos meninos nascidos neste país.
Depois de 26 anos chega a minha querida sobrinha e está completamente encantada não só com as festas mas também com a ilha e já pensa em construir uma casa na terra dos pais e dela também. Quer voltar já e quer subir ao topo do nosso majestoso vulcão. Parabéns Kalia.
Estivemos, ontem, no cemitério para visitar “covatos ou sepultarás” dos avós e do nosso Dr. Teixeira de Sousa, demonstrando interesse em relação aos seus antepassados e aos nossos escritores, lamentando apenas o estado de aparente abandono deste local santo.
É uma “Teixeira além de uma Silva”.
Mais uma vez parabéns Kalia. Obviamente, que tentei explicar para ela que as festas dos Santos Populares são muito aguardadas e uma das mais tradicionais do país, arrastando multidões. Obviamente que lhe expliquei que além das tradicionais festas de bandeiras com corridas de cavalos, havia um grande atrativo desta mesmas festas de São Filipe e que é o futebol sénior de 11, que tem sido nos últimos 10 anos, por razões que a razão desconhece, muito negligenciado ou mesmo posto de lado o que constitui para muitos de nós uma pena e uma desilusão profundíssimas. Obviamente que da nossa parte enquanto dirigente desportista e amante profundo desta modalidade , fizemos alguma tentativa de influenciar para que integrássemos, ainda para esta época festiva, perante a suspensão da Taça Cabo Verde e do campeonato nacional que iria ser realizado, no dia de ontem, entre campeão do Fogo Académica e Juventude da Boavista, uma partida de futebol entre os dois representantes da ilha, Vulcânico x Académica e, infelizmente, não foi possível, ainda que tenha sido realizado esta partida de futebol entre estas duas tradicionais equipas de futebol do Fogo, tendo levado muita gente e muitos emigrantes a São Lourenço, sem que muitos deles, tivessem entrado para ocupar as bancadas, dadas às condições pouco apetecíveis que o estádio oferece ao público, nomeadamente em termos climáticos, sendo que a tribuna e outras, fora do campo, com melhores condições, estavam bem repleta de gente.
Julgo que precisamos urgente de fazer algo em relação ao nosso desporto rei e peço, encarecidamente, os nossos responsáveis locais um maior empenho e maior eficácia para inaugurarmos o estádio “5 de Julho”, no início da próxima época desportiva, em Setembro, a bem do nosso futebol, sob pena dos clubes tornarem-se tão pobres a ponto de sucumbirem … sem descurar benfeitorias necessitárias a introduzir-se em São Lourenço e sem esquecer, está claro, para nunca mais o estádio de Patim e do Congresso, há muito prometidos.
Desejo muita saúde aos nossos políticos, na oposição e no poder autárquico, para que trabalhem muito e apresentem propostas boas e realizáveis para o próximo quadriénio 24-28, já que vamos ter, como já sabemos, eleições autárquicas em Novembro próximo, para que o nosso futebol sénior possa recuperar o estatuto perdido na programação das nossas tradicionais festas de São Filipe, as mais concorridas do país.
Força e que tudo corra bem nestas nossas tradicionais festas (motivos do nosso orgulho e da nossa grandeza!).
Djarfogo pa riba tudo, como nos dizia sempre Pedro Cardoso.
