Presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros terá adjudicado, sem concurso, à empresa do seu filho, fiscalização de obras do Auditório Pedro Pires e da Ponte Ribeira de Murro, com encaixes financeiros superiores a 4 mil contos
O Ministério Público continua a investigar a gestão do Presidente Carlos Fernandinho Teixeira, à frente da Câmara Municipal dos Mosteiros, por suspeita de “várias irregularidades” na gestão do dinheiro público. Fala-se também em crimes de peculato.
Ao que tudo indica, um dos eixos da investigação está centrado nos vários ajustes diretos que o Presidente da Câmara terá feito, a favor da empresa do seu filho, Wilson Teixeira, em várias obras daquele Concelho, da ilha do Fogo.
Para além do projeto da requalificação da orla marítima, objeto de notícia em OPAÍS.cv, o filho de Fernandinho Teixeira foi o responsável pela fiscalização das obras do Auditório Pedro Pires e da Ponte Ribeira de Murro, com encaixes financeiros superiores a 4 mil contos.
E em todos, garante fonte de OPAÍS.cv, o procedimento adotado foi ajuste direto.
O Edil Mosteirense vem sendo criticado pelos seus pares pelo fato de, alegadamente, gerir o Município dos Mosteiros, de forma “autoritária” e fazer “tábua rasa” dos procedimentos legais e adotando práticas que lesam o interesse público. Aliás, há vários meses que a Câmara Municipal dos Mosteiros vem vivendo um ambiente de “cortar à faca” pois, segundo consta, Fernandinho Teixeira continua sendo acusado de gerir a Câmara “de forma ditatorial, abusando da sua autoridade e ultrapassando os poderes” que a lei concede.
Nalguns meios Mosteirenses, comenta-se que Carlos Fernandinho Teixeira vive distribuindo benesses, realiza despesas não autorizadas e não orçamentadas e desloca-se ao exterior sem informar a Assembleia Municipal, sendo as suas longas estadas às custas do erário público Mosteirense.
Fruto dessa alegada prática, as suas relações com a Assembleia Municipal deterioraram-se significativamente pelo fato desta entender que o Edil vem sonegando informações vitais para o funcionamento do referido órgão e vem dispensando a autorização da Assembleia, em matérias importantes para a vida do Concelho.
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Fernandinho era um homem sério mas desde que entrou na carruagem da Janira deixou de ser aquele homem humilde e transparente para passar a ser mais um Miliciano da mulher de ferro, capaz de tudo. Pena que com os métodos aprendidos com a Janira pode até entregar Mosteiros ao MPD.
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