Livro de Francisco Carvalho atiça PAICV nas vésperas das eleições

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Candidato do PAICV na Capital deu à estampa a um livro que reúne uma série de artigos de opinião sobre vários temas. Em quatro páginas, o autor retoma a polémica que envolveu um grupo de Deputados, em que se chegou a admitir “expulsão”

O tema não é novo mas ganhou novo destaque nos últimos dias, com Francisco Carvalho, candidato do PAICV à presidência da Câmara Municipal da Praia, a incluir o assunto no seu livro intitulado “Para além do óbvio”.

O candidato da Presidente Janira Hopffer Almada parece estar a dividir o seu próprio Partido, ao retomar o assunto, em vésperas de eleições.

Em 4 páginas, a partir da folha 151, Francisco Carvalho retoma o assunto que muita celeuma deu no seu PAICV.

“Por que não aproveitar esta oportunidade – que a história nos oferece – para debater as questões de disciplina partidária, estatutos e democracia interna, agora que surgiu este caso dos processos disciplinares que a Comissão Nacional de Jurisdição e Fiscalização (CNJF) do PAICV instaurou aos militantes deputados que, alegadamente, não seguiram o sentido de voto indicado pela Bancada do Partido no Parlamento?” refere na parte inicial do texto, em que sugere “discutir para que se perceba qual é a essência na posição do Partido nestas questões!”

Pelo interior do referido texto, Carvalho deixa entender ser também ele contra aqueles que não alinharam posição com a direção da Bancada parlamentar, ao referir à disciplina partidária, sustentando que a regionalização que despoletou a polémica não se inscreve em assuntos “de consciência”.

O livro do agora candidato do PAICV à Câmara Municipal da Praia, proposto e defendido pela Presidente JHA, em contra-mão com a vontade das bases e demais segmentos do próprio PAICV, conta com o “patrocínio” do antigo líder do PAICV, José Maria Neves que segundo um observador, ao aceitar apresentar este livro “está a concordar com o seu conteúdo, mesmo sabendo que é um tema que divide o PAICV”.

O antigo Ministro do Ambiente, figura de proa do PAICV na liderança de JMN, socorreu-se do Facebook para exteriorizar sua estranheza com este lançamento em vésperas de eleições. José Maria Veiga questiona mesmo a “coragem” de Francisco Carvalho “principal candidato do PAICV”, a defender “expulsão de destacados militantes” do Partido. “É preciso de facto muita coragem!!! Mais não digo”, postou.



4 COMENTÁRIOS

  1. Claramente que o serviço sujo que Francisco Carvalho tem prestado a Janira foi decisivo para a sua escolha como candidato a PCM da Praia. Quem defende a expulsão de homens livres do PAICV não tem estatura para ser PCM da Praia e não deve merecer o voto de homens e mulheres pensantes . Ele que fique com as milícias e os bajuladores da Janira . Alguns dos seus textos hoje compilados evidenciam as inconsistências e incoerências do seu pensamento, como aquele em que decerta sobre demagogia e populismo, condenando-os aparentemente, para depois concluir, contraditoriamente, que devemos aceitar a demagogia e o populismo da Janira, nomeadamente no dossiê da Regionalização, chegando ao cúmulo do ridículo ao defender que eleitos da Nação que se portaram como representantes das suas respectivas bases, nos termos constitucionais, devem ser
    expulsos do PAICV. Ou seja, quer que líderes partidários, mesmo flop e truculentas como a Janira, tenha poderes de se subrepor as garantias constitucionais de proteção das liberdades, para decidir dos direitos de participação política de cidadãos . Com serviçais desses a democracia estaria comprometido .

  2. De há muito que deixei de entender que valores e princípios defende o José Maria Neves . Com o capital político que acumulou, fruto da lealdade e solidariedade dos seus colegas de antanho, esperava-se que JMN exercesse abertamente influência na actua liderança do PAICV que cinica e maquiavelicamente (para não dizer corruptamente), ele ajudou a forjar, no sentido de preservar a coesão e a estabilidade do Partido. Pelo contrário, egoisticamente vem se juntando a Janira e suas diatribes, não se importando com jogos de destruição política e moral de Camaradas, através de processos kafkianos, falsificações e traições, tornando o PAICV numa vulgaridade onde os espertinhos se ancoram para, cumplicemente, realizarem suas ambições pessoais, independentemente dos desígnios da Nação . Por isso, concordo com José Maria Veiga que, pelo menos desta vez, reagiu como um ser pensante !

  3. Que Tchico não bate bem, todos sabemos. Agora quer que seus colegas de partido saibam que, até na burrice ele é menino da Janira. A precisar de todos como pão para boca, vai precisamente incendiar o partido nas vésperas das eleições para agradar a xefa.

  4. Ainda agora zarpou, começou logo a meter água o barco tambarina na Praia, com Avelino no comando. Barco sem comando e sem rumo, qualquer porto é bom porto. Com Avelino no “comando”, ele que foi demitido por incompetência do ministério da economia por JMN, Chico já sonha com a noite de todas as noites. Por fim, Chico não se escreve “uma pergunta importante a fazer”, mas sim: uma pergunta importante a fazer-se. “a fazer” só se o sujeito da oração está identificado na frase. Assim se escreve em bom português.

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