Paulo Rocha adverte que a pandemia do Covid-19 “não tem” tratamento, daí renovar apelo ao distanciamento e confinamento das pessoas
A ilha da Boa Vista tem, neste momento, um “controle grande”, e o Governo garante que não vai permitir que as pessoas se aventurem no mar e ponham a sua segurança e de outras pessoas, nas outras ilhas, em perigo. O sublinhado é do Ministro da Administração Interna. Paulo Rocha adianta que as autoridades de segurança estarão “firmes” no cumprimento do estado de emergência, medida que se espera venha a ser prorrogado para lá do dia 17.
Entre ontem e hoje, o Governo está a reforçar a presença das autoridades policiais e militares na Boa Vista, tendo seguido para a ilha novos reforços que vão ajudar na resposta às necessidades locais.
A nível da saúde, 9 profissionais também seguiram para a ilha, sendo 5 médicos de várias especialidades e 4 enfermeiros.
Em entrevista à TCV, o MAI advertiu que a pandemia do Covid-19 “não tem” tratamento, medicamento e nem vacina, daí aconselhar que “a melhor vacina é ficar em casa”.
O Ministro observa que o Covid-19 é um “processo novo” a nível internacional, daí considerar ser “normal” que hajam “erros de percurso”, tal como admitido ontem pelo Primeiro-Ministro.
Alegando não ser o momento para apontar responsabilidades, Paulo Rocha foi claro ao indicar que o “importante é termos foco” e “assumir” um conjunto de medidas.
O MAI reconhece que os funcionários no hotel Riu Karamboa “criaram” um ambiente de revolta e de rebelião, pondo as autoridades de segurança perante um fato “complexo, difícil e na eminência” de uma reação militar e policial, que pudesse trazer consequências “mais gravosas”.
Paulo Rocha salienta que o problema do Covid-19 não é exclusivo do Governo, mas de todos, e até aponta que é uma “questão de cidadania”.
O Ministro não deixou de reprovar o comportamento dos funcionários no interior do hotel, que não cumpriram o confinamento nem o distanciamento social. “O que se pedia era colaboração e compreensão com a saúde de nós todos”, sublinhou, adiantando que as forças de segurança têm de ter o poder de ponderação e agir proporcionalmente.
Apesar das falhas dos próprios funcionários, o Estado não abandona ninguém, assegura o Ministro que garante haver atenção para todos os pacientes.
Para Paulo Rocha, o que importa, decorrente desta situação na Boa Vista, “é o aprendizado” e a “lição que fica”.
Ontem, a Boa Vista registou mais 45 novos casos de Covid-19, elevando para 55 o total de casos a nível nacional. Aquela ilha regista 51 do total de casos, sendo que as restantes estão na Cidade da Praia e São Vicente. Entretanto, o site Covid-19, já indica um caso recuperado, presumindo ser o primeiro Cabo-verdiano infetado, o homem da Cidade da Praia que regressou da Europa, no dia 18 de março. O técnico Cabo-verdiano de manutenção na Boa Vista, já teve alta hospitalar, caminhando, a passos, para a sua total recuperação, tal como a cidadã Chinesa na ilha de São Vicente.
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