Mulheres continuam a ser mais afetadas pelo VIH em Cabo Verde

Revelação feita pela secretária executiva da CCS/Sida, afirmando  que Cabo Verde registou 315 novos casos de infeção por VIH até setembro de 2023

por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Sida, comemorada a 1 de dezembro, Celina Ferreira destacou que, dos 23 mil testes realizados, as mulheres são as mais afetadas, representando uma taxa de 0,7% em relação à prevalência de 0,6% na população em geral.

“O VIH concentra-se principalmente na população sexualmente ativa, entre 15 e 49 anos, afetando mais as mulheres”, revelou, ressaltou que a heterossexualidade continua a ser a forma mais frequente em termos de contágio.

“Estas populações demandam uma atenção de prevenção combinada de apoio nos serviços do VIH, estratégias de inclusão e de aceitação da condição de vulnerabilidade em que vivem”, disse, revelando que a maior parte das pessoas com VIH vive na Ilha de Santiago e na Praia, mais concretamente.

A secretária executiva da CCS/Sida, mencionou também a necessidade de mitigar o estigma e a discriminação, enfatizando a importância dos direitos humanos e da inclusão para acabar com a doença.

“Neste momento estamos no contexto de eliminação do VIH e, em 2024, vamos fazer tudo para eliminar a transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho. Para isso temos desafios para 2030, preparando as três mil e tal pessoas que vivem com VIH a tomarem o seu medicamento para terem uma carga viral indetetável, trabalhar os adolescentes e jovens”, realçou.

Este ano o “dezembro vermelho”, que se assinala sob o lema “Liderança comunitária para acabar com Sida”, apela às comunidades para uma caminhada rumo à eliminação da sida.

As atividades planeadas para a data incluem ações na escola Cesaltina Ramos e em diversos pontos do País.