MÚSICA: “Streaming” já rende mais do que venda de CD

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Empresas discográficas fizeram 5,5 mil milhões de euros em 2017, um aumento de cerca de 41 % face ao ano anterior

Os lucros obtidos pela indústria musical através das plataformas de “streaming” – serviços que disponibilizam música pela internet – foram, pela primeira vez na história, mais altos do que o resultado da venda de música em formato físico, como CD.

Dados divulgados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica, IFPI, indicam que as discográficas lucraram, em 2017, cerca de 5,5 mil milhões de euros, um aumento de cerca de 41 % face ao ano anterior. É o terceiro ano consecutivo em que a receita do setor cresce.

Já os formatos físicos como os CD representam apenas 30 % do mercado discográfico, gerando um total de 4,2 mil milhões de euros.

A mudança de paradigma sobre a forma como se ouve música no mundo parece passar mesmo pela transmissão de música pela internet. Apesar de os conteúdos digitais representarem atualmente 38 % dos lucros da indústria, as vendas de música pela internet sofreram uma pesada redução e representam agora 20,5 % dos lucros mundiais.

Apesar da recuperação que o setor tem vindo a assistir nos últimos anos, com a venda digital e “streaming” a começar a gerar lucro, as discográficas estão longe de conseguir os lucros do passado: os lucros de 2017 representam só 68,7 % dos resultados verificados em 1999, quando o mercado alcançou os seus melhores resultados.

Com RR