Novíssimas divagações de José Maria Neves

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A veia revolucionária do sr. José Maria Neves voltou em cheio!

Resquícios, talvez, dos bons velhos tempos da JAAC-CV e das recomendações do “manual político do partido”.

JMN é uma caixinha mágica de fantasias.

Diz o admirador do socialismo fabiano: “…o país deve preparar-se para conceber e implementar uma agenda política REVOLUCIONÁRIA, capaz de transformar profundamente os paradigmas institucionais, socioeconómicos e políticos e responder aos desafios que se nos colocam nos tempos mais próximos” (sic).

Ora, isso tudo, apesar da retórica pomposa e pseudoreflexiva, é de um DISPARATE sem igual. Conversa fiada. Bullshit.

O dr. José Neves deve ler com atenção Thomas Kuhn, para perceber o verdadeiro significado de paradigma.

Cabo Verde NÃO PRECISA de nenhuma mudança de paradigma, no sentido proposto por vossa “insolência”.

O nosso paradigma institucional e político é, de forma simples, o Estado de Direito Democrático, assente na dignidade da pessoa humana e na liberdade.

Esta é, de longe, a maior conquista histórica deste povo.

E é nele, EDD, claramente, que queremos viver e construir a felicidade possível, como homens e mulheres LIVRES, autónomos, sujeitos ao “governo das leis”, e não à ditadura supostamente benevolente de uma “vanguarda”.

No plano económico, queremos a liberdade de iniciativa económica (para que as pessoas comuns, usando a sua imaginação e experiência, possam criar riqueza, empreender e gerar mais empregos), a atracção do investimento estrangeiro e um Estado que actua segundo o princípio da subsidiariedade, respeitando, assim, o espaço legítimo da Sociedade Civil, como sempre defenderam os maiores economistas do planeta e a própria doutrina social da Igreja Católica. Visando o bem-estar de todos.

É este o grande paradigma (e problema…) de JMN: propagar tolices e chavões revolucionários à velocidade da luz, em bicos-de-pés.

Quando é que essa criatura mudará de paradigma, para o nosso definitivo sossego colectivo?!



2 COMENTÁRIOS

  1. E a pergunta que todos fazem é: como é que fomos capazes de ter no posto de Primeiro-ministro, um elemento tão pessimamente preparado como é este JMN? As ‘reflexões’ de JMN na ciência em geral, na literatura, na política, na economia e na sociologia são um misto de miséria com estupidez. Em termos de mediocridade intelectual, JMN disputa o pódio com Kumba Iala, antigo Presidentes da GB. Como muito bem demonstrou CP, as confusões de JMN parecem que saíram do livro? (bom (…), livro) de filosofia do Kumba. Um completo non-sense!

  2. Nunca pensei que leria na mesma sentença, uma defesa muito bem elaborada diga-se de passagem, da economia de mercado, livre iniciativa, empreendorismo, tendo como justificativa “a própria doutrina social da” Igreja Universal Romana. Para um latino americano, conhecedor das operações da igreja Romana do Brasil ao México (passando pela Nicarágua e outros países da América Central berço da “teologia da Libertação) me entusiasmo em saber que então não existe um interesse na proliferação da miséria, para perpetuidade do sistema no poder…
    Para ilustração, veja esse vídeo, de frente com a Gabi, numa TV brasileira:
    https://www.youtube.com/watch?v=u2zvljmefCc
    Abs e mais uma vez parabéns pela análise.

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