Esta ideia foi vincada hoje no Parlamento pelo Ministro que tutela setor dos Transportes
Os transportes em Cabo Verde, hoje, estão melhor servidos do que antes, principalmente no que tange ao transporte aéreo. A ideia foi vincada esta quarta-feira, 8, no Parlamento, pelo Ministro dos Transportes que fez balanço “muito positivo” do setor.
José Gonçalves elencou ganhos conseguidos durante a governação do MpD, desde 2016, no setor.
O Ministro sublinhou que hoje a Cabo Verde Airlines é uma companhia gerida maioritariamente por privados, com seis aparelhos Boeings a voar, realizando, pelo menos, 48 voos por semana, para 12 destinos diferentes em quatro Continentes.
O governante avançou ainda que apenas em dezembro, a CVA transportou 10.100 passageiros por semana. O hub aéreo do Sal, tido como um dos orgulhos do Executivo, no entender do Ministro, está em “franca expansão”, uma vez que não está a perder três milhões de contos mensais para manter um Boeing e dois ATR´s a voarem, “enquanto o País ficava refém e sem ajuda orçamental dos parceiros durante anos”.
Hoje, acentuou José Gonçalves, a situação é bem diferente, e “todos os parceiros já disponibilizaram ajuda orçamental de 80 milhões de Dólares Americanos”, tento inclusive o GAO parabenizado o Governo pela medida tomada no que tange ao transporte aéreo. “Foi boa solução”, assinalou, referindo-se à decisão política do Governo sobre a TACV, hoje CVA.
No entanto, reconhece o governante, nem tudo são rosas. Há, ainda, algumas dificuldades que estão a ser solucionadas, nomeadamente, o número limitado de voos, “em parte” devido à falta de pilotos e comandantes, mas o Ministro garante que a regularidade, a previsibilidade e o serviço “melhorou grandemente” com a entrada da Binter Cabo Verde no mercado doméstico, sem que para isso tenha sido necessário “qualquer subsídio” por parte do Estado na operação do transporte aéreo interilhas “como era hábito” na governação do PAICV.
Anteriormente, as rotas eram menos rentáveis, bem como as tarifas que não permitiam a operação na normalidade, porém, o Governo introduziu, recentemente, uma tarifa mais sustentável e promocional, recordou o Ministro que citou dados do INE sobre os transportes no terceiro trimestre de 2019 para afirmar que “nunca se viajou tanto” em Cabo Verde, como nos últimos três anos e meio.
“Os dados da ASA também apontam para perto de 2,8 milhões de passageiros em 2019 e mais aviões a atravessarem os nossos céus e aterrarem em Cabo Verde do que nunca. A taxa de crescimento nos aeroportos e aeródromos é de 8,7% de aviões movimentados e de 6,6% de passageiros transitados, face ao período homólogo”, citou, assegurando que a ASA está em processo de reestruturação para “privatização do negócio” da gestão aeroportuária, pela via de concessão, e a CV Handling “também está a ser preparada” para a sua privatização “a breve trecho”.
Transporte Marítimo
O paradigma “mudou radicalmente”, sublinhou o Ministro, assegurando que pela “primeira vez” regista-se unificação do mercado nacional “com segurança, regularidade e previsibilidade”.
“Foi uma solução compreensiva e inclusiva que permitiu a entrada de todos os armadores nacionais interessados, os quais detêm hoje uma posição de 49% do capital social da empresa”, explicou.
Com a Cabo Verde Interilhas, CVII, a operar ligações marítimas desde agosto de 2019, portanto, com cerca de 4,5 meses de atividade, já foram transportados “cerca de 220 mil passageiros, em quase 1.800 viagens” a nível nacional.
José Gonçalves assinalou que a concessão de serviço público permitiu o que considera “consolidação” das rotas tradicionais e “dinamizou” as rotas antes mal servidas como Sal e Boa Vista.
O sistema “unificado” de transportes marítimos está a funcionar com “total normalidade”, reiterou.
A primeira sessão plenária de janeiro, iniciada esta quarta-feira, prossegue até sexta-feira, 10.
Notícia atualizada às 12h30.
