Posição é do Bastonário da Ordem dos Advogados de Cabo Verde, sublinhando que não devemos ver a ação de Oliveira como um ato heróico, porque foi “gravíssimo” o que ele fez, e ainda por cima confessou no Parlamento. “Não nos é estranho a medida do Tribunal”
O Bastonário da Ordem dos Advogados de Cabo Verde, OACV, disse hoje que o que Amadeu Oliveira fez não deve ser vista ocmo um ato heróico, mas sim como “um ato criminoso”.
Hernâni Soares que falava à RCV, observou que a decisão do Tribunal de Relação de Barlavento já era esperada, porque Amadeu não é inocente e que o crime cometido é “gravíssimo”.
Amadeu Oliveira que está em prisão preventiva, desde ontem, confessou no Parlamento que ele planeou, financiou e executou a fuga de Arlindo Teixeira, que estava em prisão domiciliária.
Hernâni Soares sublinha que por si só essas afirmações “são graves”, “o que prova que ele não é inocente”, aliás, o próprio já achava estranho, que na altura, não tivesse sido detido.
Para a OACV, a medida não é estranha, e é contra a forma como Amadeu coloca as questões publicamente, maltratando os magistrados, e sem apresentar as provas.
Questionado se a Ordem vai se solidarizar com Amadeu Oliveira, o Bastonário foi categórico ao dizer que não. Justificou essa recusa com o fato de o próprio Amadeu ter dado as costas à Ordem.
Segundo disse há muito tempo que Amadeu Oliveira está suspenso de exercer advocacia – e ao fazê-lo estaria a cometer crime de procuradoria,- porque disse que não é obrigado pagar as cotas à Ordem.
A Justiça, disse Soares, não deve ser feita com as próprias mãos, e a máxima “Justiça tarda mas não falha” ainda se aplica. “A Justiça andou bem”, precisou.
Conjugando todos os factos, acredito que o estado mental do Rapaz esteja muito debilitado. Uma pessoa adulta e normal, com o estatuto de Deputado e Advogado, não pode e nem deve estar a cometer atrocidade destes.
Quando já se viu isso num Pais civilizado.
Si fossi la pa kosta baxu, governu dja daba el otu distinu bedju
“Justiça tarda mas não falha” é racionalização. Enquanto não ultrapassarmos essa máxima retrógrada, as coisas não começam a melhorar. Para o Prof. Doutor Vladimir Brito, uma justiça que tarda é uma manifesta injustiça.
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