PAICV não tem moral para acusar MpD de colonização do Estado

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Afirmação é do dirigente do MpD, Luís Carlos Silva, que realça que o Partido na Oposição não tem moral quando o mesmo tem este cadastro

Luís Carlos Silva diz que têm assistido nos últimos tempos no espaço público estratégia que visa “colar” no MpD a imagem de colonizador do Estado e aos seus dirigentes o rótulo do nepotismo.

Em conferência de Imprensa, versando o posicionamento do MpD sobre as nomeações na Administração Pública Cabo-verdiana, o dirigente político realçou que o PAICV, na Oposição, “não tem moral” para acusar o MpD de colonização do Estado, “quando têm este cadastro”.

Relativamente à questão das nomeações na Administração Pública, o responsável afirma que “podemos citar a promiscuidade de funções de direção partidária com a direção e chefias na Administração Pública, a transformação de delegados de ministérios em comissários políticos, bem como a partidarizada relação com as associações comunitárias e a forma como se instrumentalizou os serviços consulares” no tempo da governação do PAICV.

O mesmo relembrou que o MpD já tinha apresentado no Parlamento uma proposta lei referente ao assunto, mas o PAICV chumbou o assunto.

“Em 2016, apresentamos ao Parlamento uma proposta de Lei sobre as incompatibilidades que visa proibir a acumulação de cargos de chefias na Administração Pública com cargos executivos partidários, uma Lei de 2/3 que o PAICV chumbou”, recordou.

Para o dirigente do MpD o que se pretende é pegar em meia dúzia de “casos avulsos” para tentar criar uma “falaciosa narrativa” que permita à Oposição se igualar ao MpD no célebre “somos todos iguais”, entretanto, nega essa igualdade pelo que alega que ao contrário “somos diferentes e fazemos diferentes”.



1 COMENTÁRIO

  1. Sem pretender entrar em comentários daquilo que disseram o PR e o PAICV quase que em uníssono, com o PR a sair muito feio na fotografia porque não deve interferir na esfera governativa por imposição constitucional, pelo menos nos moldes em que o PR nos tem habituado. Já o PAICV, apesar da legitimidade democrática e constitucional que lhe é reservado, por ser um partido do arco do poder, está a fazer o seu legítimo papel de fiscalizar os atos do executivo de UCS como oposiçāo. Até aí tudo bem. Incrédulo se torna as críticas do PAICV, na medida em que foram por esses comportamentos, dentre outros tantos que praticou durante 15 anos que esteve no poder, onde mais não fez que colonizar a administração pública. Por isso, a questão aqui não é problema de colonização, mais sim, quem deve colonizar e quem não deve. Ou seja, na ótica do PAICV, ele pode colonizar, partidarizar, praticar atos nepotistic e clientelistas, para quando perder as eleiçōes, vir com meia-culpa de que os erros do passado não deve voltar para a administração pública, como se esses lobos vestidos de cordeiros, aprenderam a lição e caso venha a ser poder, nunca voltaria a cometer esses erros. Conversa para boi dormir.
    Quanto a tão propalado remodelação, com foco nos secretários do Estado, eu propunha que o foco fosse em alguns ministros, cujos resultados são deveras desanimadores. Alguns ficam a carregar a secretária em todas as viagens interilhas, não se sabe para fazer o quê. Que tal substituir esse ministro para o seu Secretário de Estado?

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