Parlamento aprova resolução para adesão de Cabo Verde à Agência Internacional de Energia Atómica

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Resolução apresentada pelo Governo foi aprovada por unanimidade dos Deputados presentes na sessão plenária

O Parlamento aprovou esta sexta-feira, 11, por unanimidade a proposta de resolução do Governo, para a adesão de Cabo Verde à Agência Internacional de Energia Atómica, AIEA. A proposta foi apresentada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares.

Esta resolução ora aprovada vai permitir a introdução da radioatividade em Cabo Verde, com grandes benefícios para o tratamento oncológico.

De acordo com o Ministro Rui Figueiredo Soares a Agência Internacional de Energia Atómica apoia os governos no uso de ciência e tecnologia nuclear para melhor diagnosticar e tratar o cancro, assim como na aquisição de equipamentos, treinamentos, profissionais médicos para obtenção de recursos em estreita cooperação com a Organização Mundial de Saúde.

Cabo Verde e a AIEA mantêm um historial de relações iniciado há quase duas décadas. Em 2005, o Governo de Cabo Verde e à referida agência assinaram os Acordos de Salvaguardas (conhecidos como Acordos de Garantia), que integram o Acordo relativo à Aplicação de Salvaguardas, o Protocolo Adicional a esse Acordo e o Protocolo sobre Pequenas Quantidades de Materiais Nucleares, no quadro do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, cuja ratificação por parte de Cabo Verde aconteceu no mês de junho deste ano.

Com essa plena integração de Cabo Verde à AIEA, segundo o governante, o Arquipélago estará a dar um contributo político importantíssimo, no conserto das Nações, à escala mundial, enquanto Estado parte do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

De sublinhar que o Diretor-Geral da Agência, Rafael Mariano Grossi tinha precisado que “os países não precisam de outros planos e recursos, mas de unidades de radioterapia, pessoal treinado e soluções concretas, uma vez que a estimativa é que as mortes por cancro, em todo o mundo, aumentem em 60% nas próximas duas décadas, para 16 milhões de pessoas a cada ano, dos quais mais de 70% dessas mortes em países de baixa renda.