PM anuncia “rigoroso inquérito” ao caso que envolve cidadão Guineense no Aeroporto da Praia

UCS garante, igualmente, inquérito à denúncia da jovem que terá sido estuprada na Esquadra de Assomada

O Primeiro-Ministro acaba de anunciar a realização de “rigoroso inquérito” para apurar os factos e as eventuais responsabilidades, num alegado caso de abuso e discriminação a um cidadão natural da Guiné-Bissau, ocorrido nos últimos dias no Aeroporto da Cidade da Praia.

O cidadão proveniente de Bissau e com destino ao Brasil, terá sido impedido de continuar viagem. Segundo consta, o agente da PN na Fronteira não terá tido boa conduta na abordagem ao passageiro que esteve privado de liberdade por algumas horas.

Ulisses Correia e Silva garante que os resultados do inquérito “serão tornados público” e que havendo responsabilidades resultantes do incumprimento da lei, das normas e das boas práticas, o Governo “agirá em consequência”.

O PM reitera ser Cabo Verde um Estado de Direito Democrático, “respeitador” dos direitos humanos e que a Polícia Nacional é uma instituição “credível e respeitada”.

Entretanto, “quando existirem incidentes como os relatados pelo cidadão Guineense ou pela jovem Cabo-verdiana recentemente, alegadamente vitima de esturpo, devem ser acionados os mecanismos de inquirição, de apuramento de responsabilidades e de ações consequentes. É isto que está a ser feito em ambos os casos” garante o PM.

UCS entende, no entanto, que se deve “evitar” a via mais fácil de “generalizar” a partir de casos diferentes e fazer “julgamentos, inquisições e flagelamentos” de instituições na praça pública. “Saber distinguir o trigo do joio, é um inteligente ensinamento popular”, vincou, reiterando que as relações com a Guiné Bissau “não estão em causa” com este alegado incidente.

É a primeira reação oficial do Governo a estes dois casos que marcaram o País nos últimos dias.

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