PM garante estar a “salvar” a CVA

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Ulisses Correia e Silva garante que recuperar o controlo financeiro da companhia de bandeira “não é lesiva” ao Estado e avisa que “lesivo” seria deixar a empresa “falir” e perder “mais de 300 empregos

Tal como ocorreu em 2016, recém chegado ao Governo, Ulisses Correia e Silva garante que neste momento, após a crise pandémica, o seu Governo está, novamente, a “salvar” a companhia de Bandeira nacional.

Recorda-se que na passada sexta-feira, o Ministro do Turismo e Transportes anunciou que o Governo vai nomear 2 dos 3 Administradores da CVA, que um deles será responsável pela área financeira e com poderes “amplos” para aprovação de todos os pagamentos na empresa.

Hoje, à margem de uma visita a empresas jovens na Cidade da Praia, o PM assegurou que as novas medidas adotadas “não são lesivas ao Estado”. Disse mesmo que “lesivo” seria deixar a CVA “falir, fechar as portas e perder mais de 300 empregos” bem como “perder” posicionamento estratégico que a companhia tem no País.

Tal como está a acontecer com várias companhias a nível planetário – como a TAP, em Portugal -, observou UCS, o que se passa com a CVA é que o Estado está a “salvar” a empresa. “Nós estamos numa situação muito atípica que atinge particularmente o setor dos transportes aéreos. Mais uma vez estamos a salvar a Cabo Verde Airlines como fizemos em 2016”, respondeu, convicto.

UCS observa que os avales que o Estado tem dado à CVA visam recuperar a transportadora que se quer a voar e a “desempenhar um bom papel”.

“Aval não é injeção de capital, é garantia”, vincou, asseverando, de seguida, que se está a “criar condições” para que a CVA “voe e continue a desempenhar um bom papel em Cabo Verde”.

“Há quase um ano que nós estamos em pandemia. Quer dizer que não estamos numa situação normal e estamos cientes de que brevemente Cabo Verde Airlines estará a desempenhar o seu papel voando para destinos ainda condicionais, mas voando”, desejou.

No quadro da retoma das operações da CVA, que nos próximos dias deverá receber um de dois aviões, o Estado vai garantir os empréstimos mediante a emissão de avales, cujo primeiro está avaliado em 4 milhões de Euros.

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