Lei da eutanásia foi aprovada, esta sexta-feira. Igreja Católica diz-se triste e indignada e fala em “retrocesso cultural sem precedentes”
Com 136 votos a favor, 78 contra e 4 abstenções, Portugal acaba de legalizar a eutanásia, em votação final global.
O diploma já tinha sido aprovado na especialidade, na Comissão de Assuntos Constitucionais, com os votos favoráveis do PS, Bloco de Esquerda e PAN, o voto contra do CDS-PP e PCP e abstenção do PSD.
A lei agora aprovada estabelece que a morte medicamente assistida pode ser pedida por pessoas residentes em Portugal com mais de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável. Entretanto, a Igreja Católica está triste e indignada com esta aprovação.
A Conferência Episcopal fala em um “retrocesso cultural sem precedentes”, com esta decisão dos políticos.
“Não podemos aceitar que a morte provocada seja resposta à doença e ao sofrimento”, defendem os Bispos Portugueses que falam em “contrassenso” legalizar a morte provocada em contexto de uma pandemia mortífera.
O diploma sobe agora ao Presidente da República, mas pouco ou nada poderá fazer Marcelo Rebelo de Sousa, diante da expressiva votação registada no Parlamento.