PR destaca crescimento do País no discurso de 13 de Janeiro

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Jorge Carlos Fonseca enalteceu o fato dos ganhos serem conseguidos durante um período de seca que assola o País

Ao intervir, esta manhã, na sessão solene e comemorativa da Assembleia Nacional, por ocasião do Dia da Liberdade e Democracia, hoje assinalado, o Presidente da República abordou questões económicas. Jorge Carlos Fonseca baseou-se nos dados recentes do INE sobre o crescimento, em torno dos 7% no terceiro trimestre de 2019, sublinhando ser este um dado significativo para o País, pelo fato de vir também acompanhado pela redução do desemprego, sobretudo se comparado com os períodos até 2016.

O PR reconheceu também pelo fato destes ganhos serem conseguidos durante um período de seca: “3 anos seguidos de secas. Este desempenho deve ser objetiva e justamente assinalado e saudado”, porém, conforme disse ainda é cedo para o regozijo, pelo fato de o nível de crescimento conseguido ser “ainda insuficiente”.

Como demonstram os países que conseguiram libertar-se do subdesenvolvimento e atingiram altos patamares de desenvolvimento económico e social, “como desejamos para o nosso País”, são necessárias duas ou três décadas de crescimento económico da ordem dos dois dígitos, “dez por centos ou mais”, para quebrar “definitivamente as amarras do subdesenvolvimento”. “Ou seja, ainda que um crescimento de 7% ao ano possa ser uma performance apreciável é necessário que este nível de crescimento seja sustentado durante uma série seguidas de anos para que possamos acumular riquezas suficientes para desenvolver o País”, sublinhou.

Conforme  o Chefe de Estado, “se estamos a andar bem, caminhos largos devem ser encetados”, porque os pontos fracos da economia nacional “ainda não desapareceram”. Afirma mesmo o PR que o País continua “muito dependente” da economia externa.

JCF desafia, no entanto, o País a formar e a qualificar os professores, e a encontrar um equilíbrio entre a política e a tecnologia. Isso porque conforme disse todas as esferas sociais, os professores são de grande importância, na tecnologia por exemplo para que o País possa competir no mercado internacional. “Apreendamos com os países que subiram os patamares do desenvolvimento e a marcha forçada, estudemos a forma o modo como formaram e qualificaram os seus professores, analisemos os seus sistemas de ensino, do elementar ao superior, formemos os professores dos nossos professores nesse países, elevemos o estatuto social e remuneratório dos professores, ao mesmo tempo que elevamos o nível de exigência e supervisão do seu desempenho”, sugeriu.

Com esses atributos, o PR acredita que Cabo Verde possa ser mais desenvolvido, com a sua autonomia económica e vigorar-se cada vez mais como se tem constatado com um País livre.

O Chefe de Estado sublinha haver nestas ilhas liberdade institucional, com os Órgãos de soberania a “funcionam na normalidade”.

Tendo a liberdade como um elemento importante à vida, o PR apela, no entanto, à redução da insegurança, da desigualdade social, a seu ver ainda “muito elevada”. Mesmo com esses problemas a serem resolvidos, o País, diz o Chefe do Estado, continua a ser estável.

No final da sua intervenção, o Presidente entregou flores, pelas mãos da sua filha, ao Primeiro-Ministro, aos líderes dos dois Grupos Parlamentares, e à Deputada da UCID, bem como à AJOC, por forma a continuarem com mais concórdia e tolerância no nosso País.