Receitas do Estado recuperam apesar de quebra de 28,7% até março

0

São consequências da Covid-19. As receitas tiveram uma queda de 28,7% até março, face a 2020, mas nota-se uma recuperação em relação a fevereiro

Os dados constam de um relatório do Ministério das Finanças que a Agência Lusa faz referência esta segunda-feira, 31. No documento, nota-se que há uma queda na arrecadação de impostos diretos, -29,7%, e dos impostos indiretos, -27%, enquanto as receitas da Segurança Social aumentaram 58,1%, face aos três primeiros meses de 2020.

Até fevereiro deste ano, as receitas totais da administração central atingiram os 5.046 milhões de Escudos, uma quebra de 33,1% face a fevereiro de 2020, mas subiram em março para mais de 8.492 milhões de Escudos, representando uma quebra de 28,7% também em termos homólogos.

Já as despesas executadas caíram até março 1% face a igual período de 2020, para mais de 12.458 milhões de Escudos.

Nas receitas, o Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares caiu 19,4% nos três primeiros meses, para 1.320 milhões de Escudos.

“A variação da arrecadação deste imposto face ao período homólogo advém do facto de que, até ao mês de março de 2020, a pandemia da covid-19 ainda não tinha chegado a Cabo Verde, pelo que as receitas ainda não registavam o impacto disruptivo da pandemia, contrariamente a março de 2021”, lê-se no relatório, argumento que se repete face aos meses anteriores.

Nos impostos indiretos, o IVA caiu 31,5% até março, em termos homólogos, para 2.921 milhões de Escudos.

Sem turismo há praticamente um ano, devido à pandemia de covid-19, setor que garante 25% do Produto Interno Bruto do País, Cabo Verde registou uma recessão histórica de 14,8%, em 2020.

O PIB Cabo-verdiano caiu para 164.911 milhões de Escudos e as contas públicas registaram um défice, estimado, de 9,1% do PIB.