Redes sociais (são) ameaça ao jornalismo e à liberdade de imprensa?

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Não consigo perceber como é que as redes sociais possam ser uma ameaça aos jornalistas, ao jornalismo e à liberdade de imprensa. É verdade que “o desenvolvimento da Internet trouxe e continua trazendo significativas mudanças para o jornalismo e suas práticas. Um dos maiores impactos é a perda de domínio da informação por parte dos veículos tradicionais de comunicação”. É preciso, de acordo com os especialistas, “fazer um levantamento sistematizado acerca das novas práticas e reconfigurações no campo jornalístico a partir da internet (…)”.

Tenho por mim, seguindo a opinião de muitos entendidos na matéria, que as redes sociais virtuais devem ser percebidas “como novas ferramentas e novos espaços de interação social para o jornalismo”.

É difícil e nem deve ser objetivo controlar ou limitar a liberdade de expressão nas redes sociais. Quanto aos excessos, insultos, calúnias, uso de linguagem inadequada, e tudo que prefigura ataque ou crime contra a honra e a dignidade das pessoas e das instituições o lugar certo para serem tratados são os Tribunais e jamais a limitação da liberdade de expressão.

Um debate sério se impõe porque não há democracia sem jornalismo, assim como não existe, nos tempos de hoje, jornalismo sem a redes sociais virtuais e os mídias digitais!

OBS. Título da responsabilidade de OPAÍS.cv, num texto muito pertinente, por ocasião do Dia da Liberdade de Imprensa.



1 COMENTÁRIO

  1. A razão está toda do lado de Jacinto Santos. Mas, o assunto que quero tratar aqui refere-se à posição de Cabo Verde no ranking da liberdade de imprensa. Num país onde os jornalistas fazem e desfazem no órgãos públicos de comunicação social e o Governo fica titubeante na posição do apagado e incompetente Secretário de Estado da Comunicação Social, a culpa da descida tem de ter os responsáveis. Financiar os órgãos de comunicação social num país onde há milhares de nacionais em pobreza extrema ? Mas, a maior hipocrisia vem do PAICV, que nomeava directamente os órgãos sociais das empresas estatais e que no passado e agora tem a maioria dos jornalistas como militantes. Vejam a RCV, com Carlos Santos, amigo íntimo da deputada Carla Lima e o Júlio Vera Cruz, militar e depois travestido em jornalista do A Semana fundado pelo PAICV em 1990/91. Em na TCV comparem os tempos de antena da situação e da oposição.

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