Responsabilidade editorial precisa-se!

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Muitas vezes, a pressa em noticiar algo leva certos Órgãos a falhar na objetividade, e quando assim é, a notícia peca e cria-se um sentimento de insegurança na Sociedade. Alguém ganha com isto?

Ora, partimos de um caso concreto, o do Agente da PN encontrado morto ontem, em Chão dos Santos, Santa Catarina. Certos Órgãos, mais concretamente dois, “Santiago Magazine” e “Asemana”, apressaram-se em catalogar o caso como sendo mais um crime. A ideia parece evidente. Criar alarme social e intimidar as pessoas, passando a ideia de insegurança e quanto mais, melhor.

E ninguém se preocupa com as consequências que estas notícias falsas possam ter na imagem do País. Tem sido recorrente certos títulos nestes Órgãos na nossa praça e a pressa em noticiar certos fatos.

Desconhece-se os motivos mas não é difícil de adivinhar. A ideia é evidente. Prejudicar a imagem do País e criar alarme social.

Se não vejamos. Ontem, nenhum elemento, para já, apontava para existência de crime no caso do Agente Zé Luís Correia, encontrado morto, próximo à sua residência, em Chão dos Santos. A própria Polícia veio descartar a possibilidade de crime, admitindo que o seu Agente possa ter morrido de “causas naturais”. A PJ confirmou que não foram encontrados indícios de “uso de qualquer arma de fogo ou arma branca”. Entretanto Órgãos de Comunicação Social, devidamente identificados, e que se alvoram em defensores da Liberdade, na saga de manchar a imagem do País, apressaram-se em classificar que se estava perante mais um caso de crime, passando ao lado de todo e qualquer responsabilidade, promovendo, assim, o que se pode chamar de ‘jornalismo irresponsável’.

Não há qualquer dado ou prova fatual, e estes “Órgãos” decidem avançar com manchetes alarmistas e sensacionalistas. O objetivo é claramente criar um clima de caos para algum efémero proveito político.

Numa época em que todos falam nas fake news e da necessidade de combater esta prática, como isto não podia acontecer, quando são os próprios Órgãos a criar e disseminar notícias falsas?

Temos por nós que devemos ser consequentes com as nossas ações. Responsabilidade editorial exige-se e é urgente. Não nos parece sério que Órgãos de imprensa, legalmente estabelecidos, tomem esta via, de evidente sacrifício do País.

Estas notícias, com títulos bombásticos e longe da verdade, criam, desde logo, alguns problemas: um de caráter deontológico, a que toda a Comunicação Social está vinculada, o do compromisso com a verdade e do rigor editorial e ainda, um outro de caráter legal onde face a estas situações, não será exagerado que quem regula a atividade e a própria Justiça, devam agir em consequência, exigindo a responsabilização e a criminalização de atos praticados por Órgãos.

Um jornal, por exemplo, avançou a notícia afirmando que “Agente da PN morto a tiro em Assomada”, um outro, mais exagerado falou em “Criminalidade em Santiago: Mais um agente da Polícia Nacional encontrado morto em Santa Catarina”. O primeiro avançava que os “dados já apurados indicam que José Luís Correia, de 42 anos de idade, terá sido assassinado a tiro”, ao passo que o outro online noticiava ser “o segundo policial encontrado morto, em menos de um mês”. Nada mais falso nas duas notícias.

Recordar que a menos de um mês, estes mesmos dois órgãos fizeram a mesma especulação de homicídio e criminalidade relativamente a um taxista encontrado morto e que se veio a apurar tratar-se de suicídio.

É tudo especulação, sensacionalismo e falta de rigor e objetividade em tratar assuntos que exigem a maior serenidade e responsabilidade.

Descredibilizar Cabo Verde, com inverdades, não nos parece a melhor opção. Pela verdade na informação. Responsabilidade editorial exige-se e é urgente.

OPAÍS.cv



2 COMENTÁRIOS

  1. Tenho dito várias vezes que do paicv e seus CAPANGAS podemos esperar TUDO!! Fazem-me lembrar daquele homem no Brazil que organizava crímes de homicídio, para depois parecer a noticiar primeiro, até que levou as autoridades a desconfiarem e descobrir o criminoso!! ELES SÃO CAPAZES DE TUDO, MAS ESPERO QUE NUNCA CHEGAM A ESSE PONTO!! Mais do que sensacionalismo ou fake news, este é propositado para TENTAR PROVAR que Cabo Verde não está mais seguro com este governo, e nas suas cabeças DOENTES alimentar uma estratégia política de EMPORCALHAR a imagem do nosso País. Por isso tenho dúvida se o paicv é um partido político, ou uma ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA!!

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