Sarampo mata 140 mil pessoas em 2018

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Dados são da OMS e do Centro para Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos

Apenas em 2018, o sarampo matou mais de 140 mil pessoas, em todo o mundo, anunciou a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Centro para Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, fazendo saber que a maioria das mortes ocorreram em crianças menores de cinco anos.

O Diretor Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus, fala em um “ultraje e fracasso coletivo” não se conseguir evitar estas mortes.

“Para salvar vidas, precisamos garantir que todos possam beneficiar das vacinas, o que significa investir em imunização e assistência médica de qualidade como um direito para todos”, acrescentou.

A África Subsaariana é o território onde muitas crianças ficam sem vacinação, de forma persistente.

A República Democrática do Congo, Libéria, Madagáscar, Somália e Ucrânia são os cinco países que registaram maior taxa de incidência da doença, em 2018, sendo responsáveis por quase metade de todos os casos de sarampo no mundo.

Embora os maiores efeitos tenham sido registados nos países mais pobres, alguns países ricos também têm combatido surtos de sarampo, com ramificações significativas para a saúde das pessoas.

Este ano, os Estados Unidos registaram o maior número de casos em 25 anos, enquanto quatro países da Europa, nomeadamente, Albânia, República Checa, Grécia e Reino Unido, perderam o estatuto de eliminação do sarampo em 2018, após prolongados surtos da doença. Esta situação ocorre quando o sarampo volta a um País após ter sido declarado eliminado e a transmissão é sustentada continuamente, naquele território, no país por mais de um ano.

Nos últimos 18 anos, estima-se que a vacinação contra o sarampo tenha salvado mais de 23 milhões de vidas.

As estimativas divulgadas esta quinta-feira pela OMS apontam para 9,7 milhões de casos de sarampo em 2018 a nível mundial e 142.300 mortes relacionadas com a doença, mais do que no ano anterior, quando foram estimados 7,5 milhões de casos e 124.000 mortes.