Manifestação ocorreu na sequência do “golpe” na Assembleia Municipal, quando ainda decorria a cerimónia de empossamento, com jovens vestidos de negro a empunhar cartazes com dizeres “golpistas”
Ao que tudo indica, a situação inédita ocorrida hoje, no ato de investidura da Câmara e Assembleia municipais de São Vicente, não caiu bem no seio da população Sãvicentina, levando a que algumas dezenas de pessoas fizessem presença numa manifestação de protesto contra o ocorrido.
Embora menos votada pela população, Dora Pires da UCID, numa “coligação negativa” entre a UCID e o PAICV assumiu a presidência da Assembleia Municipal.
Tal situação que acontece pela primeira vez, nos órgãos Autárquicos em Cabo Verde, e que pode levar a uma situação de ingovernabilidade na Câmara Municipal de São Vicente e consequente eleições antecipadas, desgostou várias franjas da Sociedade Mindelense, levando mesmo a que, os que manifestantes, empunhassem cartazes com dizeres, como: “Nô krê golpista fora”; “Monteiro é derrotado”; “onde fica o voto do povo?” entre outros.
Recorda-se que a UCID, o PAICV e o Más Soncent promoveram uma “coligação negativa” e tomaram a liderança da Assembleia Municipal, não deixando espaço ao MpD, mais votado, na mesa.
Dora Pires, UCID, é a nova Presidente da Assembleia Municipal, tendo como vice Presidente o seu par de Partido, Alberto Gonçalves e Dircelena Vera-Cruz, do PAICV, como Secretária.
É por isso que eu sempre digo: não brinquem com a capacidade do povo de São Vicente! Monteiro não tem a mínima ideia (porque não é capaz de compreender) da ofensa que ele pratica, ao trazer para os órgãos diretores da mesa da Assembleia Municipal de São Vicente, por mero expediente sujo e caprichoso o partido da ditadura (o Paicv) que tanto mal causou aos residentes desta Ilha.
Nenhuma opção na escolha da mesa da AMSV deve deixar de fora o representante da força política mais votada, e, em circunstância alguma o Paicv (a terceira força) e a segunda pior votada recebeu do Povo de São Vicente o mandato para fazer parte da mesa da Assembleia Municipal. O Povo de São Vicente que não é besta, ao contrário do António Monteiro, não confundiu nem errou no seu sentido de voto. A escolha do Presidente da Mesa de Assembleia não resulta das artimanhas e trafulhices e bandidagens do António Monteiro e Janira. Ela resulta de uma ordem natural: preside a mesa o representante do partido mais votado até se concluir com o preenchimento das vagas em disputas. Na câmara, preside o representante do partido mais votado. Porquê? Ora bolas, porque assim decidiu o POVO!
Por essas e por outras razões, é cada vez menor o número de jovens a acreditar na política. Imagina um jovem que se candidata para uma assembleia municipal de uma ilha e por uma determinada força política. Desejoso de dar a sua contribuição política, chega o dia das eleições, ganha as eleições e no dia sua investidura aparecem bandidos como António Monteiro ou Janira e dizem : “desculpa lá meu caro jovem. Tudo bem, você até ganhou as eleições, mas o cargo é nosso”.
Vergonha! Utilizar ignorantes para tentar subverter o modelo que vigora.
Para, garantir a presidência da AM, são necessários duas condições:
A primeira, é ter a maioria absoluta dos votos (acima dos 51%) garantindo assim, respectivamente, a maioria o voto dos deputados eleitos para a Assembleia.
Segunda condição, não havendo uma maioria absoluta, os deputados eleitos pelo Povo, aprovam ou NÃO, a lista mais votada e no caso de SV a lista vencedora representa 40% e o RESTO 60%.
Visto que o MPD, acreditou que ganharia, com maioria absoluta, rejeitou, uma possível convergência de ideias com a UCID e agora, está colhendo os frutos, de uma certa arrogância.
Está tudo legal!
Sigamos em frente, porque, na totalidade dos votos o MPD representa 40% e o resto 60%.
O sistema democrático tem de ser analisado no seu TODO e por isso, torna-se algo muito complexo.
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