Turismo interno. Ilha do Maio passa a ser “hub” dos transportes marítimos

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A Ilha servirá de escala para todas viagens interilhas, por via marítima, no quadro do turismo interno

O projeto está na calha há muito tempo, mas ao que tudo indica já começou a dar os seus passos.

É que, de acordo com Eugênio Inocêncio, Presidente da Associação de Turismo de Santiago, a associação que dirige, mais a do Maio e as Agências de Viagens contataram a Cabo Verde Interilhas, CVII, para juntos verem a possibilidade de se avançar com um projeto de turismo interno, principalmente para Ilha do Maio, cuja resposta tem sido “muito positiva e interessante”.

Conforme nos adiantou Eugénio Inocêncio, a CVII delineou um itinerário pondo a Ilha do Maio no centro, ligando-a a outras ilhas, em “condições muito interessante”, nomeadamente do ponto de vista de passageiros, que garante o funcionamento dessa hipótese.

“Digamos que o Maio irá funcionar como um pequeno hub, desde que haja viagem entre 40 a 50 passageiros, o que viabiliza a oferta”, precisou, adiantando que os preços não sofrerão aumentos, “o que é muito bom”.

De acordo com a escala das viagens, consultada pelo OPAÍS.cv, de sábado a segunda-feira, haverá ligações de São Vicente-São Nicolau-Maio-Fogo-Brava. Das quartas às sextas-feiras, ligações serão da Brava-Fogo-Maio-São Vicente-Santo Antão, ao passo que de segunda às quartas-feiras, o navio sai do Sal-Boa Vista, Maio, Brava, Fogo, para de quarta, quinta, e sexta-feira, fazer ligação do Fogo-Brava-Maio-Sal-Boa Vista.

O projeto é para ser implementado em todas as ilhas do Arquipélago, mas por enquanto, conforme disse, já se reuniram, via videoconferência, com operadores da Ilha de Santo Antão, nomeadamente, do Paúl, e nesta semana será com os da Ilha Brava, no sentido de se definir como é que se pode fazer para dinamizar o turismo interno também nessas duas ilhas.

Conforme a nossa fonte, Cabo Verde tem condições para que sejam feitos o turismo interno com deslocações marítimas e aéreas. E por isso, acrescentou, as agências de viagens de turismo têm um “papel importante” na organização dos pacotes em articulação com as empresas que fazem ofertas de vários produtos em cada Ilha.

Esses pacotes, precisou, estarão a gosto de cada pessoa. É que a organização está a trabalhar para que de acordo com a possibilidade de cada um, se possa usufruir daquilo que lhes são disponibilizados, “por isso que trabalhamos com a CVII, para os transportes marítimos e depois com a empresa para transportes aéreos, cada pessoa faz a escolha que quiser”, sublinhou.

Para além do lazer, Inocêncio avança que estas viagens serão importantes ao nível económico, social e cultural, já que a pessoa passará a conhecer mais sobre as ilhas, ter novas experiências, entre outros.



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