Última hora. Assaltante de polícia sai em liberdade

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Agentes indignados, tendo o suposto assaltante afirmado “Nhos ka tem nada fazi ku mi, nha madrinha é juíza”

Agentes da PN dizem estar “super indignados” com libertação do suposto assaltante de policia, em Achada Grande Trás.

Juiz mandou para casa o principal suspeito de ter assaltado e roubado a arma do agente da PN e ainda, ao que tudo indica há um processo contra um dos agentes que deteve Swag, por “tortura e maus-tratos”.

Suposto assaltante teria dito “Nhos ka tem nada fazi ku mi, nha madrinha é juíza”. OPAÍS.cv apurou junto de fontes bem posicionadas que um grupo de agentes da Polícia Nacional estão “super indignados” com a decisão de um juiz em deixar em liberdade um indivíduo “super perigoso e temido por todos”, que teria assaltado um agente da Polícia Nacional, em Achada Grande Trás, na companhia de outros “meliantes”, munidos de 4 armas de fogo, e levado a arma de serviço do agente.

Segundo informações apuradas  depois de ouvido ontem pelo juiz, Swag teria reclamado de lesão num dos pés, sendo que o juiz determinou a sua observação médica. Na sequência  o auto médico, constou que o suspeito só teria alguns hematomas nos pés, mas nada de grave. “Tudo isto foi uma manobra para ver se conseguiria escapar e fugir”,  informou a nossa fonte, precisando que depois de observado, foi novamente levado ao Tribunal sendo que o juiz lhe aplicou como medida de coação apresentação periódica, para o estupefacção dos agentes. Um outro suspeito, Ailton, foi ouvido antes de ontem e também ficou em liberdade.

Como se não bastasse, um dos agentes que procedeu a detenção de Swag em flagrante, na sequência do referido assalto ao agente, vai responder por “tortura e maus-tratos”.

Segundo uma outra fonte, que confirmou toda a história e que testemunhou a perseguição e detenção do suspeito, Swag teria durante a perseguição caído duas vezes e pode ser na sequência dessas quedas que teve as lesões.

A nossa primeira fonte, continuou dizendo que no momento de detenção o suspeito teria dito que “Nhos ka tem nada fazi ku mi, nha madrinha é juíza”, em ar de deboche aos agentes da PN, convencido de que sairia livres mais uma vez.

Recorde-se que Marcos Garcia Ribeiro, mais conhecido por Swag de 20 anos, tinha sido detido em setembro, e há menos de um mês saiu em liberdade.

De acordo com o auto de detenção, que OPAÍS.cv teve acesso, no dia 27 de dezembro, por volta das 21h00, na localidade de Achada Grande Trás, Swag, Ailton Patrick Tavares e outros indivíduos, surpreenderam o Agente Artur Jorge Santos de Afonseca e a senhora Eunice Tavares da Veiga, mais conhecida por Nixe, e levando os seus pertences.

Nas imagens, abaixo, o leitor pode confirmar o auto da detenção, os objetos subtraídos das vítimas e as armas apreendidas que foram utilizadas no Assalto.



2 COMENTÁRIOS

  1. Presidente da República tem que pôr cobro nisto. A cada dia existem sentenças nos tribunais da Praia de bradar aos céus. “Justiça amiga da arma”. Uma vergonha k está acontecendo neste país.

    • Eu que já fui da casa e como reformado, digo estar estupefacto, mas não pela decisão do Juiz, mas dos próprios colegas que, verdade seja dita e peço desculpas por este meu desabafo, de que pelos hábitos que sei e tenho defendido para que não aconteça, são os trabalhos da detenção que fazem e deixam algumas dúvidas insanáveis para a decisão dos juízes.

      Os juízes é que julgam, sentenciam e condenam, consequentemente pegando nos factos concretos e procedimentos cumpridos com base nos princípios legais e, posso dizer que com falhas identificadas os juízes não podem, também com base nas leis, mandar os supostos criminosos para as cadeias.

      O nosso pessoal tem de entender e perceber isso, que, falhando nos pormenores das actuações as culpas não podem ser atribuídas aos juízes, mas sim a eles mesmos.

      Não é que os supostos criminosos podem não ir para as cadeias, mas tem que se confirmar através de outros procedimentos investigatórios para se chegar à conclusão.

      Que todos me desculpem mas estou a reagir à essa insatisfação manifestadas pelos colegas por experiência própria adquiridas durante um longo período que decorreu até eu estar hoje em casa, tendo passado por diversas unidades e envolvido em situações diversas levando as pessoas para os crivos dos Poderes Judiciais.

      Não é com bazofaria que faço isso, mas por sentir mesmo humilhado de um colega ter sido assaltado, ser-lhe “roubado” a arma do Estado conferida para o seu trabalho e não se fazer um trabalho que podemos dizer que valeu a pena.

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