“Vamos subir a Jerusalém”. Inicia hoje a Quaresma

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Durante os 40 dias de Quaresma, a Igreja apela ao jejum, partilha e penitência, e na sua mensagem o Papa Francisco aborda várias das práticas tradicionais deste período

Hoje é quarta-feira de cinzas e a Igreja Católica inicia o Tempo da Quaresma, de preparação para a Solenidade da Páscoa, vitória de Jesus sobre a morte. Este ano, na sua mensagem por esta ocasião, o Santo Padre destaca o contexto de “grande incerteza” que o mundo vive, devido à pandemia, e sugere viver uma “Quaresma de caridade” que segunde ele significa “cuidar” de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da Covid-19.

A mensagem do Pontífice Romano intitula-se “Vamos subir a Jerusalém” extraído do Evangelho de São Mateus, 20, 18. E prossegue: “Quaresma: tempo para renovar a fé, a esperança e a caridade”.

Durante os 40 dias de Quaresma, a Igreja apela ao jejum, partilha e penitência, e na sua mensagem o Papa Francisco aborda várias das práticas tradicionais deste período, que apresenta como “condições” para uma conversão pessoal.

O Bispo de Roma recomenda um jejum que combata também a “saturação de informações – verdadeiras ou falsas – e produtos de consumo”, para permitir uma vida marcada pela “simplicidade de coração”.

O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa”, refere na sua mensagem na qual assinala o atual “contexto de grande incerteza quanto ao futuro”, no qual se pede aos Católicos “uma palavra de confiança” que se manifesta na “atenção e compaixão” por cada pessoa.

“No contexto de preocupação em que vivemos atualmente, onde tudo parece frágil e incerto, falar de esperança poderia parecer uma provocação”, admite o Papa, para quem este é o momento de confiar-se a Deus. Francisco recomenda mesmo aos Católicos que procurem o sacramento da Penitência, procurando a reconciliação para que se possam tornar, depois, “propagadores do perdão”. “O perdão de Deus, através também das nossas palavras e gestos, possibilita viver uma Páscoa de fraternidade”, reconhece.

A mensagem do Papa pode ser lida na íntegra no site da Diocese de Mindelo.