VOTOS PERPÉTUOS: Orionitas com mais duas religiosas Cabo-verdianas

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Claurita e Joana emitiram votos perpétuos no último domingo, na Ribeira Grande de Santo Antão e dizem-se felizes por seguir Jesus

A Congregação das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, também conhecida como Irmãs Orionitas, tem, desde o último domingo, 9, duas novas religiosas de origem Cabo-verdiana. A profissão perpétua aconteceu na Ribeira Grande de Santo Antão e foi presidida pelo Bispo de Mindelo, Dom Ildo Fortes.

Claurita Brito é natural da ilha de Santiago, e Joana Lopes de Santo Antão.

Em conversa com OPAÍS as duas religiosas revelaram que desde cedo sentiram o chamado e cada uma seguiu seu caminho até a decisão.

A alegria que contagiou Claurita Brito

Nascida em Achadinha, Cidade da Praia, esta jovem missionária deu conta da sua vocação no liceu e conta que a Irmã Maria do Carmo Cabral, então professora no Liceu de Achadinha, lhe fascinava com a sua forma alegre de ser, até que um dia resolve escrever àquela religiosa que dias depois lhe respondeu em cinco páginas. Daí em diante tudo mudou, e a jovem Claurita seguia os caminhos de formação religiosa até concluir todas as fazes e emitir votos perpétuos.

“Ela era muito alegre, diferente (das outras Irmãs que conhecia) e a sua alegria me contagiava”, revelou.

Depois de um discernimento, a jovem decidia o que queria para ela e troca Achadinha para Povoação.

O que te fascina na vida religiosa? “Me fascina muito a doação e a alegria de ser religiosa”, reage, determinada, afirmando também que o carisma do fundador, Dom Luís Orione, está gravada nela e por isso quer servir a Igreja e o povo lá onde suas superioras entenderem ser útil.

Em 2008, a jovem foi admitida no Postulantado na Ribeira Grande de Santo Antão, seguindo-se depois para o Brasil onde prosseguiu a sua formação religiosa. Entre 2010/11 faz o Noviciado em São Paulo, mas em 2012, muda-se para Marajá, no Pará, onde prossegue os estudos religiosos.

A graça de Deus que tudo torna possível – Joana Lopes 

Natural do Figueiral, Joana Lopes é categórica ao afirmar que desde criança sentia a vontade e o desejo de ser religiosa. Ainda em idade de catequese tomou contato com outras Orionitas e decidiu seguir a vida religiosa.

Em 2003, com 19 anos, dá um passo firme rumo à decisão formalizada no domingo, 9.

Segundo nos disse, “não é fácil nunca” tomar uma decisão como esta “mas com a graça de Deus tudo é possível” responde, observando que por mérito pessoal não seria hoje uma religiosa. “Com Deus tudo é possível”, reforça.

As Irmãs Rosa e Inês são, de entre outras, algumas das referências desta jovem Orionita e acabaram por ter alguma influência no seu discernimento vocacional e decisão.

A vida e a entrega sobretudo das duas religiosas marcaram “profundamente” a jovem do Figueiral que rendeu-se ao amor de Jesus.

Tal como a sua colega Claurita, Joana Lopes entrou para o Postulantado em 2008, na Ribeira Grade de Santo Antão. Em 2010 prosseguiu o Postulantado no Brasil e em fevereiro de 2011 inicia o Noviciado, em São Paulo. Em 2013 emite os primeiro votos.

As novas religiosas Cabo-verdianas ainda não sabem os seus destinos mas estão confiantes que o importante é servir a Igreja e o povo de Deus. “Onde for necessário estaremos disponíveis”, dizem.