A importância do reforço de investigação científica do novo coronavírus

Senegal e Portugal confirmaram os seus primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus, coincidentemente no dia 2 de Março de 2020 e neste momento temos a seguinte situação nos dois países:

Senegal com cerca de 15,85 milhões de habitantes, tem 1115 casos confirmados e 9 óbitos.

Portugal com cerca de 10,25 milhões de habitantes, tem 25190 casos confirmados e 1023 óbitos.

Apesar de não ser aconselhável a análise comparativa linear neste tipo de pandemia, factores geográficos, climáticos, genéricos, ambientais e muitas outras diferentes especificidades podem estar a ditar esta enorme diferença de casos e de óbitos.

Considerando que ainda persistem muitas incertezas em termos epidemiológicos e de saúde pública em relação a COVID19, para além da indicação da OMS de testar, testar, testar… eu acrescento investigar, investigar, investigar… no que concerne a origem do novo coronavírus, contagiosidade, transmissão, especificidades dos assintomáticos, patogénese, período exacto de incubação, possibilidade de retransmissão, virulência, prevenção, tratamento, fontes de transmissão em não viventes ou seja utensílios etc, resistência do vírus no espaço e no tempo, capacidade de mutação de estirpes virais e outros aspectos patognomónicos e não patognomónicos  da infeção.

Considerando as incertezas técnicas epidemiológicas e científicas; é meu entendimento que, para salvaguardar a segurança epidemiológica e o bloqueio completo do desenvolvimento da pandemia, os diferentes Estados devem apostar fortemente no reforço do financiamento dos Sistemas Nacionais de Saúde em matéria de pesquisa científica, cortando bruscamente nos orçamentos destinados a ações bélicas e sectores menos prioritários.

Orlando Pereira Dias

Médico de Clínica Geral, Especialista, Mestre em Saúde Pública e Presidente da Comissão Especializada da Saúde e Questões Sociais do Parlamento da CEDEAO.



1 COMENTÁRIO

  1. Janira Almada está convencida que não tem as mínimas chances de chegar ao cargo de Primeiro-Ministro de Cabo Verde e por isso já lançou a sua candidatura ao cargo de Secretário-Geral da UNTCS contra Djoquina. Esta intenção está clara no manifesto sindical que a ainda ‘presidenta’ do Paicv no dia 1 de Maio. Entre erros de português e de conceitos económicos o texto da JHA não é diferente das pérolas da Djoquina. As duas até se igualam.

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