Cabo Delgado. Não se pode pedir à CPLP o que ela não pode dar

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Posição é do Presidente em Exercício da Comunidade, que, no entanto, adverte que a CPLP é uma instância de cooperação e concertação política e diplomática

A situação de violência e sucessivos ataques insurgentes em Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, País membro da CPLP, deve merecer a atenção dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade, que na próxima semana reúne-se em Luanda, em Cimeira, onde Cabo Verde vai passar a presidência a Angola, para os próximos 2 anos.

À Agência Lusa, o Presidente Jorge Carlos Fonseca advertiu, no entanto, que “não se pode” pedir à CPLP o que ela “não pode dar”.

JCF referia-se a uma resposta de força militar face aos sucessivos acontecimentos naquela região Moçambicana. “Dispor de um do exército ou de uma força de intervenção, isto não cabe, até hoje pelo menos, na natureza da CPLP”, precisou.

A CLPL, recorda, é uma instância de cooperação e concertação política e diplomática, por isso “não pode dar” aquilo que não cabe na natureza da organização.

“A CPLP é uma organização intergovernamental”, ajuntou, lembrando que esta organização “não é” como a NATO, como a União Europeia, ou como a União Africana “ou até” como a CEDEAO, “que pode dispor de forças de intervenção, de forças militares”.

Diz, no entanto, que a CPLP ”está a fazer, e tem feito” é participar na formação, no fornecimento de equipamento, através de consultores. “É uma forma de participar”, assegurou.

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